Política

Covas diz que trabalho de Júlio Lancelotti é “incômodo necessário para prefeitura”

Na terça-feira 15, o padre recebeu ameaças ao prestar assistência às pessoas em situação de rua

O prefeito Bruno Covas (PSDB) segue com câncer, segundo médicos. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), declarou que o trabalho do Padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua de SP, é um “incômodo necessário” para a Prefeitura.

 

“[O trabalho do padre Júlio é] um incômodo, mas um incômodo necessário para que a Prefeitura não perca o foco de atender e atender bem essa parte da população”. A declaração foi feita durante entrevista concedida ao jornal El País Brasil nesta quarta-feira 16.

Candidato à reeleição, Covas disse que não há uma investigação em curso “para poder demitir ou retirar do serviço público qualquer pessoa que possa ter ameaçado ele”, mas ressaltou que a Prefeitura está à disposição do sacerdote.

O prefeito ainda disse que se alguém tivesse motivos para reclamar do padre seria ele, que recebe telefonemas todos os dias. “Nunca o padre Júlio veio me solicitar que empregasse um primo, que contratasse empresa de um amigo, nunca veio pedir nada para ele, sempre veio solicitar para essa população que muitas vezes não tem voz”, afirmou o prefeito.

Júlio Lancelotti registrou boletim de ocorrência

Na terça-feira 15, Julio Lancellotti registrou um boletim de ocorrência após receber ameaças na rua por causa de sua atuação.

O padre afirma ter sido ameaçado por um motoqueiro, no centro de São Paulo, que passou por ele em uma praça e gritou “padre filho da p*ta, defensor de nóia”. Alguns homens que também aparecem em um vídeo confirmam a cena de violência.

O caso aconteceu após ataques virtuais do deputado estadual de São Paulo Arthur do Val (Patriotas), conhecido como ‘Mamãefalei’, candidato à Prefeitura.

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