Corte de verbas paralisa distribuição de água potável no Nordeste, diz site

O Ministério do Desenvolvimento Regional alerta que sem o recurso, a Operação Carro-Pipa que atende 1,5 milhão de pessoas, fica sem previsão de retorno

Foto: Alex Pimentel

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O Ministério da Economia bloqueou R$ 21 milhões da Operação Carro-Pipa, que garante o fornecimento de água potável aos municípios em situação de emergência pela seca no semiárido do Nordeste e de Minas Gerais.

A informação é do site UOL.

O Ministério do Desenvolvimento Regional informou que sem o recurso o atendimento fica suspenso para os mais de 461 municípios elegíveis que dariam suporte para mais de 1,5 milhão de pessoas neste mês de dezembro. 

A operação, que é uma parceria de duas décadas entre o MDR e o Exército, também passou pela mesma situação em novembro, apenas R$ 9 milhões dos R$ 41 milhões necessários foram liberados pela gestão Bolsonaro. 

O retorno da operação ocorreu apenas a partir do dia 28 de novembro, diante de um repasse extra no orçamento de R$ 21,4 milhões feito pelo Ministério da Economia, e foi suficiente para o abastecimento até a dia de ontem.

Karine Lopes, diretora do Departamento de Articulação e Gestão da Defesa Civil Nacional, informou que enviou novos ofícios ao Ministério da Economia e à Presidência da República alertando sobre a situação e pedindo com urgência a liberação dos recursos.


“A gente não encaminhou só ontem, a gente vem encaminhando [ofícios com pedidos de suplementação de verba] o ano inteiro. Desde o começo do ano a gente já tinha clareza e oficializou ao Ministério da Economia que o recurso para OCP [Operação Carro-Pipa] não seria suficiente”.

Sobre o caso, o Ministério da Economia argumenta que “a Secretaria de Orçamento Federal se manifesta somente acerca de créditos orçamentários cujas propostas já estejam formalizadas e seus efeitos tornados públicos”, e reforça que a “situação orçamentária e financeira difícil neste fim de ano”.

Para manter a operação em 2023, a pasta aponta um valor de R$ 739,8 milhões, no entanto, no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado ao Congresso, a pasta de Paulo Guedes prevê R$ 627 milhões.

 

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