Corregedoria do MPF vai investigar palestras de Dallagnol

Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo Dallagnol e colega de força-tarefa têm dez dias para se explicarem

O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Foto: Pedro de Oliveira/ALEP)

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A Corregedoria Nacional do Ministério Público vai investigar as palestras dadas pelo procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol. A decisão teria sido assinada pelo corregedor Orlando Rochadel Moreira, baseada em uma representação do Partido dos Trabalhadores (PT). A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

O despacho, segundo a jornalista, contém as mensagens trocadas entre os membros da força-tarefa da Lava Jato, que “revelariam que os citados teriam se articulado para obter lucro mediante a realização de palestras pagas e obtidas com o uso de seus cargos públicos”. O documento também cita que “tais palestras teriam se dado em parceria com empresas privadas, com quem dividiram os valores”.

O texto, diz Bergamo, determina a instauração de reclamação disciplinar. O prazo é de dez dias para que Dallagnol e seu colega de força-tarefa, Roberson Pozzobon, se manifestem sobre o assunto. A investigação se dá após veiculação de mensagens pelo site The Intercept Brasil, em parceria com a Folha. De acordo com o conteúdo, o procurador teria criado um negócio de eventos e palestras, para lucrar a partir de sua fama com a condução da operação.

As mensagens mostram, ainda, que Dallagnol e Pozzobon planejavam não aparecerem oficialmente como sócios, para evitar críticas. “Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade”, escreveu Dallagnol em um chat no Telegram sobre o tema.

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