Economia

Copom prevê novas altas da Selic; leia a ata da última reunião

Se previsões forem confirmadas, taxa básica de juros chegará em março a 14,25% ao ano

Por CartaCapital 17.12.2024 09h45

Foto: Banco Central/Divulgação

Apoie Siga-nos no

Depois de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em um ponto percentual, levando o patamar a 12,25% ao ano, o Comitê de Polícia Monetária (Copom) do Banco Central (BC) informou que estão previstas outras duas elevações de mesmo patamar nas próximas reuniões, previstas para janeiro e março de 2025.

A ata da reunião realizada na última semana foi publicada nesta sexta-feira 17, e destaca que a elevação da taxa foi decidida por unanimidade. Além disso, o documento confirma a expectativa dos novos aumentos de um ponto percentual, o que levaria a Selic a 14,25% ao ano em março. A ata pode ser lida na íntegra no fim deste texto.

A publicação da ata teve reflexos imediatos no mercado financeiro. O dólar abriu em forte alta, chegando a 6,16 reais no início do dia. Na véspera a moeda estadunidense fechou cotada a 6,09 reais, o maior patamar de fechamento da história.

“O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Banco Central dos EUA]”, descreve o documento.

“A inflação cheia e as medidas subjacentes têm se situado acima da meta para a inflação e apresentaram elevação nas divulgações mais recentes. As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se de forma relevante e encontram-se em torno de 4,8% e 4,6%, respectivamente”, complementa.

Leia abaixo a íntegra da ata da última reunião do Comitê:

Copom267-not20241211267

CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.

ENTENDA MAIS SOBRE: ata, Banco Central, Copom, Dólar, Juros, Selic,

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.