Política

Coordenador de comunicação de Lula sugere foto com Bolsonaro para ‘baixar temperatura’

Edinho Silva defende um encontro entre o candidato derrotado e o presidente eleito como uma sinalização de pacificação para o Brasil

Coordenador de comunicação de Lula sugere foto com Bolsonaro para ‘baixar temperatura’
Coordenador de comunicação de Lula sugere foto com Bolsonaro para ‘baixar temperatura’
O ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT). Foto: EBC
Apoie Siga-nos no

O coordenador de comunicação da campanha de Lula, Edinho Silva, defendeu que o presidente eleito e Jair Bolsonaro se encontrem antes da posse do petista, ainda no período de transição, e registrem o ato em uma imagem para ‘baixar a temperatura do País’. A sugestão foi dada em entrevista ao jornal O Globo.

“Neste momento, o mais importante é a pacificação do país, que vai se dar numa estratégia muito bem construída. O primeiro passo tem que ser baixar a temperatura do Brasil”, iniciou. “Eu defendo que se abra um amplo diálogo com as próprias forças que foram derrotadas. Se tiver espaço, nós temos que abrir diálogo, inclusive, com o governo Bolsonaro. Ele pode até negar o diálogo, mas nós temos que sinalizar. Nós fomos os vencedores. Cabe a nós neste momento fazermos os gestos.”

Na conversa, Edinho destacou que sua sugestão é pessoal e ainda não encontrou consenso dentro do PT e dos partidos aliados.

“Se existiu uma foto de Fernando Henrique e Lula na transição de 2002, por que nós não podemos construir essa foto agora com Bolsonaro e Lula, mostrando ao país que existe uma transição madura, adulta, dentro de um ambiente democrático?”, destacou. “Do ponto de vista histórico, pode ser importante e não significa nenhuma concessão. Ou que a gente esteja recuando nas nossas posições de derrotar aquilo que se caracterizou como bolsonarismo”.

Na entrevista, Edinho ainda negou que a reunião entre Lula e Bolsonaro poderia sinalizar uma anistia para possíveis crimes cometidos pelo ex-capitão. Conforme explicou, o presidente eleito sequer entraria nessas questões por não caber a ele e sim ao Ministério Público, ao Judiciário e à Polícia Federal.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo