Em dezembro, políticos e influenciadores incitaram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a se “alistarem” em uma página do Exército chamada Reserva Pró-Ativa.
A inscrição, que serve apenas para receber um boletim informativo das atividades militares, foi promovida como suposto aliciamento de civis contra o governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apenas em 15 dias, entre o dia 5 e 20 de dezembro, o falso alistamento foi feito por 169.156 pessoas, segundo dados do Exército. Os números foram obtidos pelo UOL por meio da Lei de Acesso à Informação.
As fake news sobre a inscrição obrigaram as Forças Armadas a publicarem uma nota informativa, desautorizando as “convocações equivocadas”, que foram feitas inclusive por ex-integrantes do governo Bolsonaro, como o ex-ministro do Turismo Gilson Machado.
Nas redes, bolsonaristas comemoravam as inscrições e afirmavam esperarem ser chamados para “ajudar o Brasil”.
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