Conselho Nacional do MP suspende procurador que chamou Bolsonaro de ‘idiota’ e ‘genocida’

Através das suas publicações, Martins não teria agido de forma a manter a conduta ilibada a qual seria obrigado pelo cargo que ocupa

Arual Martins, procurador suspenso por ofensas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

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O Conselho Nacional do Ministério Público suspendeu por cinco dias o procurador de Justiça do estado de São Paulo, Arual Martins, após um processo administrativo disciplinar. Martins através de sua conta no Facebook publicou ofensas e críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ao longo dos últimos dois anos.

Publicada no último dia 26, a decisão foi unânime. Em diversas postagens nas redes sociais, nos últimos dois anos, o procurador compartilhou memes e publicações que se referiam a Bolsonaro como “genocida”, “criminoso” e “idiota”.

Em uma publicação de 6 de janeiro de 2022, Martins, que estava com Covid-19 no momento, disse que o presidente “deveria morrer de Covid (…)”. A publicação foi editada instantes depois, e a palavra deveria foi alterada para “pode”: “Você pode morrer de Covid (…), ser abjeto”.

Para o relator, o conselheiro Ângelo Fabiano Farias da Costa, o procurador violou a Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de São Paulo. Através das suas publicações, Martins não teria agido de forma a manter a conduta ilibada a qual seria obrigado pelo cargo que ocupa:

“Nesse diapasão, apesar de gozar da liberdade de expressão nos mesmos moldes dos demais cidadãos, as limitações impostas aos Membros do Ministério Público englobam, em acréscimo, o dever de observância às vedações legais inerentes ao cargo que ocupam e aos deveres funcionais estabelecidos na Lei nº 8625/1993 e respectivas Leis Orgânicas”, escreveu o relator.


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