Política

Conselho de Ética do Senado abre representações contra seis senadores

Entre os casos, estão os dos senadores Flávio Bolsonaro e Chico Rodrigues

O senador Chico Rodrigues. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O Conselho de Ética do Senado Federal decidiu, nesta quarta-feira 14, dar seguimento a um conjunto de representações contra seis senadores, ligados à oposição e ao governo federal. São eles: Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Chico Rodrigues (PSB-RR), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Cid Gomes (PDT-CE). Foi a primeira deliberação do colegiado em quase seis anos.

O caso de Flávio Bolsonaro diz respeito à investigação sobre sua “ligação forte e longeva com as milícias do Rio de Janeiro”, segundo a representação apresentada em 2020 por PT, PSOL e Rede. Quem relata o caso é a senadora Zenaide Silva (PSD-RN).

Chico Rodrigues, por sua vez, foi denunciado após ter sido flagrado, durante buscas da Polícia Federal (PF) na sua residência, em 2020, com dinheiro na cueca. Ele chegou a alegar que não houve irregularidade na conduta e que agiu tomado “pelo pânico e pelo medo”. O relator do caso é o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Já Styvenson Valentim foi denunciado pela ex-deputada federal Joice Hasselmann, após ela registrar boletim de ocorrência, alegando ofensas por parte do senador. Em 2021, depois que Hasselmann sofreu fraturas no rosto e na costela, Styvenson, em uma live nas redes sociais, afirmou : “aquilo ali, das duas um. Ou duas de quinhentos ou uma carreira muito grande”. O relator do caso é o senador Dr. Hiran (PP-RR).

O caso de Randolfe Rodrigues tem como origem uma denúncia feita pelo ex-deputado federal Daniel Silveira, condenado por crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação. O bolsonarista acusa Rodrigues de atentar contra a Presidência da República e o Estado Democrático de Direito, depois que o senador afirmou, durante a CPI da Covid, em 2019, que o ex-presidente Jair Bolsonaro era “ladrão de vacina e do dinheiro do povo”. O relator do caso é o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Jorge Kajuru responde a dois procedimentos disciplinares. No primeiro, Flávio Bolsonaro  acusa Kajuru de divulgar, em 2021, uma gravação (clandestina, segundo Flávio Bolsonaro) com diálogos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que possibilitou a instalação da CPI da Covid. Na gravação, Bolsonaro fez xingamentos e ameaças. O segundo caso diz respeito a uma denúncia do ex-senador Luiz Carlos do Carmo, acusando Kajuru de divulgação de informações falsas sobre parlamentares de Goiás. 

Os relatores dos procedimentos contra Kajuru são Zenaide Maia (PSB-RN) e Otto Alencar (PSD-BA).

Cid Gomes é acusado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por ofensa à honra, depois que Cid comparou Lira ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, dizendo que as práticas de Lira eram voltadas “para chantagem, para a criação de dificuldades para encontrar propostas de solução”. O relator do caso é o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)

Seis pedidos arquivados

Na sessão de hoje, o Conselho de Ética arquivou denúncias contra os seguintes senadores: Davi Alcolumbre, Flávio Bolsonaro (na denúncia por crime de improbidade administrativa, peculato e associação criminosa, apresentada pelo ex-deputado Alexandre Frota), Damares Alves, Jayme Campos, Humberto Costa e Paulo Rocha.

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