Política
Conselho de Ética abre processos contra 5 senadores; confira a lista
As sete petições foram convertidas em duas representações e cinco denúncias
O Conselho de Ética do Senado decidiu na reunião desta terça-feira 9 admitir sete pedidos de abertura de procedimento disciplinar contra cinco parlamentares.
Os processos atingem Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Jorge Kajuru (PSB-GO), Marcos do Val (Podemos-ES), Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Styvenson Valentim (Podemos-RN). A decisão foi anunciada pelo presidente do colegiado, Jayme Campos (União-MT), após uma consulta à Advocacia da Casa Alta.
As sete petições foram convertidas em duas representações e cinco denúncias.
Uma das petições deferidas pelo presidente e transformada em representação é a de Rede Sustentabilidade, PT e PSOL contra Flávio Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar. Segundo os partidos, o parlamentar de extrema-direita teria “ligação forte e longeva com as milícias no Rio de Janeiro”, o que, segundo a peça, é “incompatível com o exercício do mandato parlamentar”.
A denúncia contra Kajuru mira publicações nas redes sociais com insinuações sobre uso indevido de recursos de emendas parlamentares.
Já Randolfe Rodrigues responderá a uma denúncia movida por Flávio Bolsonaro sob a acusação de abordar, em 2 de fevereiro de 2023, de forma autoritária e agressiva o youtuber Wilker Leão, no prédio principal do Senado.
Outra petição admitida como denúncia é de autoria da deputada Natália Bonavides (PT-RN) contra o senador Styvenson Valentim. Ela o acusa de comentar nas redes sociais um caso de violência contra mulher e, segundo ela, “dizer ou sugerir que uma mulher merece ser agredida”.
Duas petições contra o senador Marcos do Val também tramitarão. Elas estão ligadas às consequências dos ataques golpistas de 8 de Janeiro de 2023 e apontam depoimentos contraditórios do bolsonarista sobre um suposto plano golpista que teria sido discutido com o então ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por fim, Randolfe responderá ainda a uma denúncia da Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil por supostamente quebrar o decoro ao publicar nas redes “ataques criminosos” a Bolsonaro.
(Com informações da Agência Senado)
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