Política

Conselheira da Caixa vai pedir esclarecimentos sobre sobre repasse para cidade de irmão de Bolsonaro

Banco aprovou R$ 29 milhões para cidade de família do presidente após visita

Agência da Caixa Econômica Federal em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Integrante do Conselho de Administração da Caixa, Maria Rita Serrano irá apresentar um pedido de esclarecimentos sobre reportagem do GLOBO que mostrou que, após uma visita de um irmão do presidente Jair Bolsonaro, o banco aprovou R$ 29 milhões em obras para uma cidade onde moram familiares de Bolsonaro.

Serrano, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, afirmou que vai realizar na segunda-feira uma solicitação por mais detalhes do contrato. A intenção da conselheira foi noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada por ela ao GLOBO.

“Na segunda-feira nós teremos reunião e vou pedir para esclarecer. Vou perguntar como estão esses contratos. Eu peço (informações) para a Vice-Presidência que gesta esses contratos”, disse.

Neste sábado, sem citar o episódio, a presidente da Caixa, Daniella Marques, escreveu no Twitter que todos os contratos do banco “seguem rigorosamente as regras estabelecidas” por uma portaria e por comitês internos. Marques acrescentou que a Caixa “possui procedimento de retaguarda, comitê de auditoria e mais auditorias interna e independente”.

Renato Bolsonaro, irmão do presidente, esteve na Caixa em novembro do ano passado, com uma comitiva, para discutir demandas de recursos para Miracatu, cidade localizada a 139 quilômetros de São Paulo e onde trabalhava como chefe de gabinete do prefeito. Quase um mês depois, o banco assinou a liberação de recursos.

Esse volume recorde de dinheiro é o dobro dos recursos viabilizados pela Caixa para Miracatu ao longo de 14 anos. Somente durante o governo Bolsonaro, o município foi agraciado com mais de R$ 40 milhões em verbas de convênios com ministérios que passaram pelo crivo do banco. Desse total, R$ 33,6 milhões foram autorizados em 2021, sendo a maior parte, R$ 29 milhões, destinada em dezembro do ano passado, logo após a passagem do irmão do presidente pela sede da instituição financeira.

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