Economia

Congresso não vota nesta semana mudança na aposentadoria dos militares

A proposta é parte do pacote de corte de gastos do governo Lula (PT)

Congresso não vota nesta semana mudança na aposentadoria dos militares
Congresso não vota nesta semana mudança na aposentadoria dos militares
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira 18 que o Congresso Nacional não deve votar nesta semana o projeto de lei que altera a previdência dos militares.

O texto, parte do pacote de corte de gastos do governo, estabelece uma idade mínima de 55 anos para que os integrantes das Forças Armadas possam se aposentar. A proposta também prevê o fim da chamada morte ficta, a pensão paga nos casos de fardados expulsos ou excluídos dos quadros.

Haddad concedeu a declaração após uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e lideranças da Casa.

Nesta quarta, a Câmara conclui a votação do primeiro projeto do plano de corte de gastos, que autoriza o governo a restringir o uso de créditos tributários em caso de déficit nas contas públicas. Também está na pauta o segundo texto, que prevê um pente-fino no Benefício de Prestação Continuada e no Bolsa Família, além de restringir o reajuste real do salário mínimo aos limites do arcabouço fiscal — ou seja, correção pela inflação e ganho real entre 0,6% e 2,5%.

O governo ainda enviou ao Congresso uma proposta de emenda à Constituição para promover um corte do acesso ao abono salarial. Atualmente, ele beneficia quem recebe até dois salários mínimos, mas isso cairia gradualmente para um salário mínimo e meio. Essa PEC ainda reforça o combate aos supersalários no funcionalismo público.

Com o plano de corte de gastos, o Ministério da Fazenda projeta economizar 70 bilhões de reais nos próximos dois anos. Até 2030, a meta é poupar 327 bilhões.

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