Um contrato do Ministério da Saúde para aquisição de 10 milhões de kits de reagentes usados em testes da Covid-19, firmado em agosto já na gestão de Eduardo Pazuello pelo valor de 133,2 milhões de reais, está sob suspeita de irregularidades. As informações são do O Globo.
Um relatório produzido pela Secretaria de Controle Externo da Saúde do TCU, que tem atuado com fiscalização periódica das medidas relacionadas à pandemia, aponta “diversas alterações na especificação do objeto a ser contratado” ao longo do processo de compra.
O apontamento foi feito pela própria Diretoria de Integridade (Dinteg), vinculada ao ministério da Saúde.
O documento ainda aponta que, ao longo do processo de aquisição emergencial, a empresa que ficou em segundo lugar fez um pedido de reconsideração alegando direcionamento à vencedora. O pedido, no entanto, teria sido ignorado pelos setores responsáveis e mantido fora do conhecimento de integrantes da pasta.
Segundo documento do TCU, o Ministério da Saúde declarou avaliar a anulação do contrato, bem como “reavaliar a real necessidade de contratação dos testes” e “instaurar procedimento para apurar a responsabilidade dos envolvidos”.
A compra está listada pelo tribunal como um dos dez maiores contratos de aquisição direta feitos pela pasta no contexto da pandemia da Covid-19.
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