A Comissão de Ética da Presidência decidiu, nesta terça-feira 21, abrir um processo para apurar as condutas de cinco ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL) que estavam presentes na reunião que, segundo a PF, revelou uma ‘dinâmica golpista’ no Planalto em 5 de julho de 2022.
Na ocasião, Bolsonaro teria incentivado que integrantes do governo dissipassem informações falsas sobre o sistema eleitoral.
Os alvos do processo são os ex-ministros Augusto Heleno (GSI), Bruno Bianco (AGU), Wagner Rosário (CGU), Paulo Sérgio (Defesa) e Anderson Torres (Justiça).
Além dos ex-ministros, também responde ao procedimento o ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral, Mário Fernandes.
A abertura do procedimento foi feito de ofício pela Comissão. Os próximos passos serão a abertura de prazo para que os advogados dos envolvidos apresentam defesa prévia. Após a apresentação das defesas, a Comissão poderá arquivar ou prosseguir com a apuração.
No vídeo da reunião, divulgado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro dá ordens de questionamento do processo eleitoral, seguido de comentários de alguns ministros.
Na ocasião, Anderson Torres afirmou que a Polícia Federal seria “incisiva” quanto a ofensiva contra o sistema eleitoral.
Já o general Augusto Heleno propôs “infiltrar agentes nas campanhas eleitorais”. Segundo a investigação, a proposta teria sido rejeitada por Bolsonaro, que pediu que o assunto fosse tratado em particular.
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