Política

Comissão de Ética aplica punição máxima para ex-assessor de Bolsonaro por gesto supremacista

O episódio ocorreu durante a participação de Filipe Martins em uma sessão no Senado em 2021

Foto: Reprodução
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A Comissão de Ética Pública da Presidência aplicou a punição máxima ao ex-assessor especial de Jair Bolsonaro Filipe Martins, acusado de fazer um gesto racista durante uma sessão no Senado.

Martins acompanhava Ernesto Araújo em uma audiência na qual parlamentares pediam a demissão do então ministro das Relações Exteriores. Naquela sessão, o assessor fez um gesto na lapela do paletó com três dedos formando um “W” e o polegar junto ao indicador representando a letra “P”, um sinal de supremacistas que significa “poder branco” (white power).

À época, o bolsonarista alegou que ajeitava a lapela no momento em que foi flagrado pelas câmeras e que não houve intenção de aludir ao supremacismo. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal por ter agido “de forma intencional e com plena consciência do ato de ilicitude”, mas foi absolvido.

Confira o momento em que Filipe Martins faz o gesto:

A censura ética aplicada configura uma advertência que constará no currículo de Martins. Ela é levada em consideração para o preenchimento de novos cargos públicos.

Bolsonaristas na mira

Os membros do CEP aplicaram a mesma censura a Abraham Weintraub. O ex-ministro da Educação era investigado por manifestações públicas indevidas contra a imagem do educador Paulo Freire e pela proibição de manifestações sobre o assunto em instituições de ensino.

Na reunião, a comissão também instaurou um processo de apuração sobre o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) por sua atuação como ministro da Saúde na aquisição de vacinas contra a Covid-19.

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