Política

Comissão da Câmara aprova proposta que proíbe influencer de divulgar jogos de azar não regulamentados

Relator mencionou ‘impacto significativo que tais figuras públicas têm sobre seus seguidores, influenciando comportamentos e decisões’

Em dezembro de 2023, o presidente Lula sancionou a lei que regulamenta as bets. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que proíbe influenciadores digitais de fazer publicidade de jogos de azar não regulamentados na internet.

Conforme o texto, os influencers são responsáveis por garantir que seus conteúdos não promovam essas atividades em vídeos, stories e outras formas de comunicação.

O descumprimento das regras sujeita o influenciador às penas de advertência ou suspensão da atividade por até seis meses. Para o provedor de redes sociais, a pena será de multa de até 2% do faturamento.

A proposta foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo relator, deputado Fred Linhares (Republicanos-DF), ao PL 3915/23, do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO).

O relator defendeu a medida sob o argumento do “impacto significativo que tais figuras públicas têm sobre seus seguidores, influenciando comportamentos e decisões”.

A proposta ainda será analisada agora pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça, antes de chegar ao plenário.

Outros pontos

O substitutivo apresentado por Linhares proíbe a publicidade de jogos regulamentados dirigida a menores de idade. O texto prevê ainda que:

  • o conteúdo publicitário divulgado por influenciador digital deve informar a natureza comercial da publicação;
  • o conteúdo deve incluir informações que permitam identificar o responsável por efetuar o pagamento das apostas;
  • os influenciadores devem informar sobre as consequências negativas associadas às apostas, como riscos financeiros e transtornos psicológicos;
  • a relação entre o influenciador digital e seu contratante deve ser disciplinada por contrato escrito, detalhando o tipo de trabalho publicitário;
  • a comercialização de publicidade por provedor estrangeiro será realizada por sua representante no Brasil.

A proposta determina, por fim, que o governo federal incentive campanhas de conscientização sobre os riscos das apostas, em colaboração com instituições educacionais e profissionais de saúde.

(Com informações da Agência Câmara)

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