Política

Comissão da Câmara aprova proposta que proíbe influencer de divulgar jogos de azar não regulamentados

Relator mencionou ‘impacto significativo que tais figuras públicas têm sobre seus seguidores, influenciando comportamentos e decisões’

Comissão da Câmara aprova proposta que proíbe influencer de divulgar jogos de azar não regulamentados
Comissão da Câmara aprova proposta que proíbe influencer de divulgar jogos de azar não regulamentados
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que proíbe influenciadores digitais de fazer publicidade de jogos de azar não regulamentados na internet.

Conforme o texto, os influencers são responsáveis por garantir que seus conteúdos não promovam essas atividades em vídeos, stories e outras formas de comunicação.

O descumprimento das regras sujeita o influenciador às penas de advertência ou suspensão da atividade por até seis meses. Para o provedor de redes sociais, a pena será de multa de até 2% do faturamento.

A proposta foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo relator, deputado Fred Linhares (Republicanos-DF), ao PL 3915/23, do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO).

O relator defendeu a medida sob o argumento do “impacto significativo que tais figuras públicas têm sobre seus seguidores, influenciando comportamentos e decisões”.

A proposta ainda será analisada agora pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça, antes de chegar ao plenário.

Outros pontos

O substitutivo apresentado por Linhares proíbe a publicidade de jogos regulamentados dirigida a menores de idade. O texto prevê ainda que:

  • o conteúdo publicitário divulgado por influenciador digital deve informar a natureza comercial da publicação;
  • o conteúdo deve incluir informações que permitam identificar o responsável por efetuar o pagamento das apostas;
  • os influenciadores devem informar sobre as consequências negativas associadas às apostas, como riscos financeiros e transtornos psicológicos;
  • a relação entre o influenciador digital e seu contratante deve ser disciplinada por contrato escrito, detalhando o tipo de trabalho publicitário;
  • a comercialização de publicidade por provedor estrangeiro será realizada por sua representante no Brasil.

A proposta determina, por fim, que o governo federal incentive campanhas de conscientização sobre os riscos das apostas, em colaboração com instituições educacionais e profissionais de saúde.

(Com informações da Agência Câmara)

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