Política

Com racha no PSDB, tucano pede demissão do Ministério das Cidades

Bruno Araújo alegou não haver apoio em seu partido “no tamanho que permita seguir nessa tarefa”

O ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo, durante coletiva de imprensa em junho de 2016
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Dividido entre a ala governista e os defensores do desembarque da gestão de Michel Temer, o PSDB teve uma baixa na Esplanada dos Ministérios nesta segunda-feira 13. Bruno Araújo, ministro das Cidades que ocupava o cargo desde a posse do peemedebista, pediu demissão. Ele enviou sua carta de exoneração após uma cerimônia no Palácio do Planalto.

Em seu pedido de demissão, Araújo argumenta que não há apoio integral no PSDB para sua continuidade. “Agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa”, afirmou o agora ex-ministro, que volta a assumir seu mandato como deputado federal por Pernambuco.

Com a saída de Araújo, restam três ministros do PSDB no governo Temer: o secretário de governo Antonio Imbassahy, O ministro das relações Exteriores, Aloysio Nunes, e Luslinda Valois, secretária de Direitos Humanos, cuja pasta recebeu status de ministério no começo deste ano.

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A divisão entre a ala governista do partido e os parlamentares favoráveis ao desembarque ficou explícita no episódio em que o senador Aécio Neves (MG) reassumiu a presidência do partido para destituir o também senador Tasso Jeiressati (CE) do cargo.

Um dos principais aliados de Temer, a quem recorreu para ter seu mandato salvo pelo Senado, Aécio argumentou que o objetivo da destituição do correligionário cearense, candidato a efetivar-se como presidente da legenda, era o de garantir isonomia nas eleições do partido. Um dos concorrentes de Jereissati à presidência do PSDB é Marconi Perillo, governador do Goias, aliado de Aécio.

Jeireissati defende o desembarque do partido desde a apresentação da primeira denúncia contra Temer e posicionou-se em favor da renúncia de Aécio da presidência do PSDB após o parlamentar ser salvo pelo Senado.

Leia a íntegra da carta de Bruno Araújo:

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