Política

Com PM em greve, 55 assassinatos são registrados

Governo federal envia tropas de segurança e ministro da Justiça para avaliar situação na Bahia

Cerca de 2,6 mil soldados do Exército fazem a segurança nas ruas de Salvador durante greve da Polícia Militar. Foto: Carla Ornelas/Governo da Bahia
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Após quatro dias de greve da Polícia Militar, a região metropolitana de Salvador registrou 55 homicídios. O número é 117% maior na comparação com o mesmo período do ano passado e inclui um policial civil.

Apenas entre sexta-feira 3 e sábado 4, Salvador registrou 29 homicídios e dez tentativas de assassinato. No mesmo período da última semana, ocorreram 13 homicídios.

Para avaliar a situação e acompanhar as operações das Forças Armadas na garantia da segurança da população, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, foram enviados a Salvador

O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, também estão na cidade.

Segundo Cardozo,  a presidenta Dilma Rousseff decretou Operação de Lei e Ordem. Isso possibilita a mobilização da Força Nacional, da PF e das Forças Armadas sob o comando do Ministério da Defesa. Ele ressaltou ainda que depredações e ataques a equipamentos submetidos à Operação são crime federal. “Neste caso, a PF poderá investigar, apurar e submeter as ações ao Ministério Público Federal, para que as medidas corretas sejam tomadas.”

A Secretaria de Segurança estadual informou que cerca de três mil militares foram disponibilizados para garantir a ordem no estado durante a greve da PM. Atualmente, estão na região 1,8 mil homens que devem receber o reforço de outros 700 militares neste sábado.

Violência

Boatos de arrastões fizeram com que o comércio fechasse mais cedo na sexta-feira e shows de bandas de axé, como Olodum – que teve um de seus integrantes morto em um assalto ontem  – , e uma apresentação da cantora Ivete Sangalo fossem cancelados.

A falta de policiais nas ruas gerou uma onda de saques e violência em todo o estado. Apenas na sexta-feira, 58 carros foram roubados e algumas lojas arrombadas e saqueadas.

De acordo com a Secretaria de Segurança, foi registrada “uma série de casos de vandalismo, com assaltos e arrastões, em várias áreas de Salvador”, desde que “PMs ligados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA) anunciaram greve por tempo indeterminado”.

Ainda de acordo com o órgão, a Justiça determinou o fim do movimento grevista que conta com a participação de cerca de 20 mil dos 30 mil policiais baianos. Das 300 viaturas da corporação em Salvador, 210 estão em atividade.

A Secretaria aponta também que a Justiça expediu um mandado de reintegração de posse para recuperar 16 viaturas em posse de manifestantes ligados aos grevistas, que estão acampados em frente à Assembleia Legislativa. Eles reivindicam a aprovação do plano de carreira, regulamentação da gratificação de atividade policial, nível 5, melhores salários e condições de trabalho.

O governador Jacques Wagner disse que nos últimos cinco anos, a corporação recebeu cerca de 60% de reajuste, ou um ganho real em torno de 35%, mas admitiu que as condições de trabalho precisam ser melhoradas.

Com informações Agência Brasil.

*Atualizado às 17h31 para acréscimo de informação.

Após quatro dias de greve da Polícia Militar, a região metropolitana de Salvador registrou 55 homicídios. O número é 117% maior na comparação com o mesmo período do ano passado e inclui um policial civil.

Apenas entre sexta-feira 3 e sábado 4, Salvador registrou 29 homicídios e dez tentativas de assassinato. No mesmo período da última semana, ocorreram 13 homicídios.

Para avaliar a situação e acompanhar as operações das Forças Armadas na garantia da segurança da população, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, foram enviados a Salvador

O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, também estão na cidade.

Segundo Cardozo,  a presidenta Dilma Rousseff decretou Operação de Lei e Ordem. Isso possibilita a mobilização da Força Nacional, da PF e das Forças Armadas sob o comando do Ministério da Defesa. Ele ressaltou ainda que depredações e ataques a equipamentos submetidos à Operação são crime federal. “Neste caso, a PF poderá investigar, apurar e submeter as ações ao Ministério Público Federal, para que as medidas corretas sejam tomadas.”

A Secretaria de Segurança estadual informou que cerca de três mil militares foram disponibilizados para garantir a ordem no estado durante a greve da PM. Atualmente, estão na região 1,8 mil homens que devem receber o reforço de outros 700 militares neste sábado.

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Boatos de arrastões fizeram com que o comércio fechasse mais cedo na sexta-feira e shows de bandas de axé, como Olodum – que teve um de seus integrantes morto em um assalto ontem  – , e uma apresentação da cantora Ivete Sangalo fossem cancelados.

A falta de policiais nas ruas gerou uma onda de saques e violência em todo o estado. Apenas na sexta-feira, 58 carros foram roubados e algumas lojas arrombadas e saqueadas.

De acordo com a Secretaria de Segurança, foi registrada “uma série de casos de vandalismo, com assaltos e arrastões, em várias áreas de Salvador”, desde que “PMs ligados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA) anunciaram greve por tempo indeterminado”.

Ainda de acordo com o órgão, a Justiça determinou o fim do movimento grevista que conta com a participação de cerca de 20 mil dos 30 mil policiais baianos. Das 300 viaturas da corporação em Salvador, 210 estão em atividade.

A Secretaria aponta também que a Justiça expediu um mandado de reintegração de posse para recuperar 16 viaturas em posse de manifestantes ligados aos grevistas, que estão acampados em frente à Assembleia Legislativa. Eles reivindicam a aprovação do plano de carreira, regulamentação da gratificação de atividade policial, nível 5, melhores salários e condições de trabalho.

O governador Jacques Wagner disse que nos últimos cinco anos, a corporação recebeu cerca de 60% de reajuste, ou um ganho real em torno de 35%, mas admitiu que as condições de trabalho precisam ser melhoradas.

Com informações Agência Brasil.

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