Política

Com medo de ser preso, Weintraub quer sair do Brasil “o quanto antes”

‘Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem!’, escreveu o ministro, que é investigado em inquérito sobre fake news

Foto: Luis Fortes/MEC
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O futuro ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que anunciou sua saída do cargo na quinta-feira 18, afirmou que quer deixar o Brasil “o mais rápido possível”. A afirmação foi feita nas redes sociais do ministro, e também reproduzida ao canal de notícias CNN Brasil, para o qual afirmou que tem medo de ser preso.

“A prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes”, afirmou Weintraub. “Agora é evitar que me prendam, cadeião e me matem”, disse ao veículo.

Em um vídeo publicado nas redes sociais para anunciar sua saída da pasta, Weintraub explica que sai do governo para assumir um cargo de Estado no Banco Mundial. Apesar de querer apontar harmonia com o Palácio do Planalto, a participação recente do ministro em manifestações a favor de Bolsonaro e uma investigação que envolve o seu nome no Supremo Tribunal Federal fizeram com que o mais olavista dos ministros fosse retirado de seu cargo.

“Não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe. O importante é dizer que eu recebi um convite para ser diretor de um banco, já fui diretor de banco no passado, porém volto ao cargo no Banco Mundial”, disse ele em sua despedida.

Já nas redes sociais, Weintraub aponta novamente pressa em sair do País. “Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem!”, escreveu.

Um dia antes de ser dispensado, na quarta-feira 17, o STF decidiu manter Weintraub como investigado no inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares.

Por 9 a 1, os ministros negaram o habeas corpus em favor de Weintraub.

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