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Com Lula, apoiamos o anseio dos venezuelanos por uma eleição transparente, diz Macron
O petista, em viagem a Santiago, no Chile, recebeu um telefonema do presidente francês nesta segunda-feira 5


O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira 5 apoiar, ao lado do presidente Lula (PT), “o anseio do povo venezuelano por uma eleição transparente”. A mensagem, publicada no X, foi ao ar após um telefonema entre os dois chefes de Estado.
Lula recebeu a ligação durante sua viagem a Santiago, no Chile. Na ocasião, Macron também agradeceu ao petista pela presença da primeira-dama Janja da Silva na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Ele ainda elogiou a nota assinada em conjunto por Brasil, Colômbia e México sobre a eleição venezuelana.
“Essa demanda [por transparência] está no cerne de qualquer democracia”, publicou o presidente francês depois de conversar com Lula.
No domingo 4, a União Europeia elevou a pressão internacional sobre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao não reconhecer o resultado do pleito de 28 de julho. Estados Unidos e países da América Latina como Peru, Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá também rechaçaram o anúncio oficial de vitória do chavista sobre o opositor Edmundo González.
Ao contrário dos EUA, porém, a UE não atestou um suposto triunfo de González, reivindicado por sua coalizão.
Na semana passada, em manifestação unificada, os governos de Brasil, Colômbia e México reiteraram uma cobrança à Venezuela pela divulgação das atas eleitorais.
“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação“, diz o comunicado. Os países também instam a resolver por vias institucionais as “controvérsias” sobre a eleição.
O documento ainda defende que todas as partes adotem “máxima cautela e contenção em manifestações e eventos públicos”, com o objetivo de evitar uma escalada na violência.
Anfitrião de Lula em Santiago nesta segunda-feira, o presidente chileno, Gabriel Boric, foi um dos primeiros líderes a questionar os resultados oficiais na Venezuela, os quais qualificou de “difíceis de acreditar”.
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