Política

Com ‘foco total’ em regulamentação da reforma tributária, Câmara retoma os trabalhos nesta segunda-feira

Em 2024, parlamentares tiveram um período maior de recesso, motivado pelas negociações políticas que envolvem as eleições municipais

Com ‘foco total’ em regulamentação da reforma tributária, Câmara retoma os trabalhos nesta segunda-feira
Com ‘foco total’ em regulamentação da reforma tributária, Câmara retoma os trabalhos nesta segunda-feira
O deputado Arthur Lira. Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados
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Depois de um recesso parlamentar com três semanas, a Câmara dos Deputados retoma as atividades nesta segunda-feira 12 com foco total na segunda etapa de regulamentação da reforma tributária.

Há, ainda, a expectativa de que os parlamentares deliberem a Lei Geral do Turismo e votem projetos sobre a ajuda financeira ao Rio Grande do Sul, castigado por temporais em maio.

Inicialmente, os deputados deveriam ter voltado a Brasília no dia 1º de agosto, mas a folga foi esticada. Por conta das eleições municipais, os parlamentares devem fazer um esforço concentrado nas próximas três semanas. O formato remoto será utilizado para sessões não-deliberativas.

O debate tributário gira em torno das regras sobre o Comitê Gestor que administrará o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência estadual e municipal, criado para substituir os atuais ISS e ICMS.

As discussões sobre o PL Antiborto, que equipara a prática em casos de estupro ao crime de homicídio, também estão no radar da Casa. Um requerimento de urgência para acelerar a tramitação do texto foi aprovado no semestre passado, mas o tema não foi levado a plenário em razão da repercussão negativa.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), prometeu criar uma comissão para debater a proposta, o que ainda não foi efetivado.

O retorno das atividades também deve intensificar as movimentações na disputa pela presidência da Casa. A eleição, prevista para fevereiro de 2025, é alvo de jantares e conversas de bastidor. Como mostrou CartaCapital, Lira externou a aliados que deseja construir uma candidatura de consenso para garantir o apoio do Planalto, mas enfrenta resistências.

As demais pautas que devem ser analisadas serão definidas pelos líderes partidários, que costumam se reunir às terças-feiras.

Reoneração da folha

No Senado Federal, que voltou a trabalhar na semana passada, a prioridade é votar o projeto para solucionar as dívidas dos estados com a União e a proposta que estabelece a reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia.

Também deve estar em debate a PEC da Anistia, que perdoa multas de partidos que descumpriram cotas raciais nas eleições anteriores e não aplicaram recursos mínimos para candidaturas de mulheres. Cálculos iniciais preveem um perdão a 23 bilhões de reais em débitos.

O presidente da CCJ na Casa Alta, Davi Alcolumbre (União-AP), disse a jornalistas na semana passada que a medida estará na pauta e, uma vez aprovada, irá a votação no plenário.

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