Política

Com coronavírus, Heleno descumpre quarentena e volta a trabalhar no Planalto

O ministro-chefe do GSI ficou em isolamento domiciliar por sete dias. A recomendação do Ministério da Saúde são 14 dias isolados

Com coronavírus, Heleno descumpre quarentena e volta a trabalhar no Planalto
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O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, voltou a despachar do Palácio do Planalto nesta quarta-feira 25. Com isso, o ministro que testou positivo para o coronavírus em um segundo exame no dia 18 de março, descumpre a recomendação do Ministério da Saúde de permanecer em isolamento por 14 dias. Heleno ficou em isolamento domiciliar por sete dias.

À reportagem da Folha de São Paulo, o GSI informou que o ministro recebeu autorização médica para retomar sua rotina de trabalh​o. Heleno tem 72 anos e faz parte do grupo de risco para o Covid-19. Ainda de acordo com a reportagem, o chefe da ajudância de ordens​ da Presidência da República, major Mauro Cid, também voltou a despachar normalmente.

 

Cid também testou positivo para o coronavírus no dia 20 de março. O anúncio foi feito pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. O militar esteve presente na comitiva presidencial que viajou aos Estados Unidos. Ao todo, 23 integrantes do comboio foram infectados pelo coronavírus.

Em pronunciamento feito na terça-feira 24, o presidente Bolsonaro voltou a criticar as medidas de contenção adotadas contra o coronavírus, falou em histeria por parte da imprensa, e voltou a comparar o vírus a um “resfriado” ou “gripezinha”. Bolsonaro também questionou o fechamento das escolas, defendeu o isolamento vertical – a quarentena para os idosos – e incentivou que a população retome vida normal.

Um novo balanço divulgado pelo ministério da Saúde nesta quarta-feira 25 contabilizou 2433 casos de coronavírus e 57 mortes no País. São 1.404 casos na região Sudeste, 390 no Nordeste, 313 no Sul, 221 no Centro-Oeste e 105 no Norte. Há casos confirmados em todos os estados e no Distrito Federal. Foram identificadas pessoas infectadas, principalmente, em São Paulo (862), no Rio de Janeiro (370), no Ceará (200) e no Distrito Federal (160).

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