Política

Coalizão Negra protocola pedido de impeachment de Bolsonaro com apoio de Emicida e Chico Buarque

Entidade aponta crimes de responsabilidade por negligência do presidente no combate ao coronavírus

Protestos antirracistas nos EUA. Foto: AFP
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A Coalizão Negra por Direitos, frente que reúne mais de 150 instituições, protocolou na manhã desta quarta-feira 12 o 56º pedido de impedimento contra o presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

O pedido foi formalizado às 11h em Brasília e será seguido de um ato simbólico no gramado da esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional e entre os Ministérios da Justiça e da Saúde.

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Protocolo do pedido de Impeachment contra o presidente genocida @jairmessiasbolsonaro Uma honra lutar ao lado @coalizaonegrapordireitos

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No documento, a entidade aponta crimes de responsabilidade na violação dos direitos individuais e sociais por negligência do presidente no combate à pandemia do coronavírus e na insuficiência de medidas que deveriam estar voltadas aos mais pobres, famílias negras, empregadas domésticas, trabalhadoras/es informais, comunidades quilombolas, populações rurais negras, das favelas e periferias.

A Coalizão afirma que, no Brasil, as mais de 100 mil mortes por COVID-19 têm cor, classe social e se dão em territórios de maioria negra.
“É negra a maioria que depende do auxílio emergencial do governo para matar a fome de suas famílias e são negros os milhares que tiveram negado o acesso a esse benefício”, diz o documento.

Apoio ao pedido 

Além das assinaturas das representações das organizações que compõem a Coalizão, o document​o tem o apoio de outras mais de 600 entidades e instituições de todo o país, centenas de trabalhadores e trabalhadoras domésticas, da saúde, informais, de aplicativos, da construção civil, do samba, da educação, jovens de Slams e fluxos de funk, ativistas de favelas, babalorixás e ialorixás, padres e pastores, quilombolas, ribeirinhos, camponeses e pescadores.
Personalidades públicas também apoiam e assinam o pedido, dentre eles importantes lideranças do movimento negro brasileiro como Ângela Guimarães, Babalawo Ivanir dos Santos, Douglas Belchior, Dudu Ribeiro, Hélio Santos, Ieda Leal, Lucia Xavier, Mônica Oliveira, Rosilene Torquato, Vilma Reis, Wania Santanna e Zélia Amador.
Os intelectuais Ana Flávia Magalhães, Bianca Santana, Cida Bento, Lília Schwarcz e Sueli Carneiro;
Os cantores  Chico Buarque, Chico César, Dexter, Emicida, João Gordo, Nando Reis, Rappin Hood, Salgadinho e Thaíde;
Os atores  Antônio Pitanga, Antonio Tabet e Cazé Pecini, Fábio Porchat;
Os cineastas Fernando Meirelles e Marina Person;
O ex-goleiro e escritor Aranha;
O neurocientista Sidarta Ribeiro;
A Chef de Cozinha Bel Coelho, entre outras.
Como juristas proponentes da ação, assinam Maria Clara D’Ávila, Maria Sylvia Oliveira, Sheila de Carvalho, Silvio Almeida, Vera Lúcia de Araújo e Wanderson Nunes.

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