Política

Collor recorre e pede a Moraes a extinção da pena por corrupção passiva

O político alagoano foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Collor recorre e pede a Moraes a extinção da pena por corrupção passiva
Collor recorre e pede a Moraes a extinção da pena por corrupção passiva
O ex-presidente Fernando Collor de Mello. Foto: Pedro França/Agência Senado
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O ex-presidente Fernando Collor protocolou nesta sexta-feira 9 um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que sua pena por corrupção passiva seja prescrita.

A defesa justifica que houve o período de mais de seis anos entre o delito e a acusação formal. Esse tempo, segundo os advogados, demonstrariam a prescrição da pretensão punitiva – ou seja, o estado teria perdido do direito de punir Collor pelo crime.

“O agravante requer o conhecimento e provimento do presente agravo regimental, com a imediata reconsideração pelo relator ou, caso assim não entenda, que o Plenário reconheça a flagrante prescrição da pretensão punitiva referente ao crime de corrupção passiva”, diz o texto.

Mesmo se Moraes acolher o pedido da defesa, Collor não ficaria livre do risco de voltar à prisão, já que também foi condenado por lavagem de dinheiro.

O político alagoano foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por ter recebido 20 milhões de reais para viabilizar irregularmente contratos da estatal com a UTC Engenharia voltados à construção de bases de distribuição de combustíveis.

Ele chegou a ser preso em 25 de abril, em Maceió, mas teve sua prisão convertida em domiciliar pelo ministro Alexandre de Moraes em 1º de abril.

Ao determinar a soltura do ex-presidente, Moraes levou em consideração os apelos da defesa sobre o fato de que Collor cumpre tratamento da Doença de Parkinson, e que a prisão seria prejudicial aos procedimentos de saúde necessários.

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