A primeira pesquisa realizada após o início oficial da campanha eleitoral deste ano mostra Lula ainda mais consolidado na dianteira, apesar do impasse sobre sua candidatura à Presidência.
Segundo o levantamento do instituto MDA encomendado pela Confederação Nacional dos Transportes, o ex-presidente tem 37,3% das intenções de voto, um crescimento de cinco pontos percentuais em relação à pesquisa de maio do mesmo instituto, quando ele registrou 32,4%.
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Um dado que impressiona é o crescimento de Lula na pesquisa espontânea, quando o eleitor escolhe seu nome favorito sem ter acesso aos nomes de todos os candidatos. Lula passou de 18,6%, em maio, para 20,7% nesse quesito. Como a tendência do petista é ter sua candidatura impedida pela Justiça, imaginava-se que o eleitor passaria a mencionar menos o seu nome de forma espontânea. Bolsonaro também subiu na espontânea: de 12,4% para 15,1%.
Na pesquisa estimulada, Jair Bolsonaro, do PSL, vem em segundo lugar, com 18,8% das intenções de voto. Em maio, ele tinha 16,7%. Atrás deles há um disputada pelotão, que está empatado tecnicamente – a margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais. Marina Silva (Rede) tem 5,6%, Geraldo Alckmin (PSDB), 4,9%, e Ciro Gomes (PDT), 4,1%.
O levantamento não chegou a propor um cenário com Fernando Haddad como candidato petista no lugar de Lula, mas estimou quem seria o nome favorito do eleitorado do ex-presidente caso ele não possa concorrer. Entre os 37,3% que declararam voto em Lula, 17,3% dizem que votariam em Haddad. No caso, o ex-prefeito não foi apontado como substituto de Lula, mas apenas surgiu como uma das alternativas caso o ex-presidente não possa concorrer.
Um número expressivo diz apoiar Marina Silva: 11,9%. Ciro viria em terceiro nesse quesito, com 9,6%. Bolsonaro teria 6,2% dos votos do petista, segundo o levantamento.