O ex-presidente Lula (PT) tem vantagem de 8,6 pontos para Jair Bolsonaro (PL) na corrida presidencial, segundo a pesquisa realizada pelo instituto MDA e divulgada nesta sexta-feira 16 pela Confederação Nacional do Transporte. O petista tem, no cenário estimulado, 43,4% das intenções de voto, ante 34,8% do ex-capitão. Os dados oscilaram um ponto positivo para os dois candidatos desde a última rodada.
Para além dos dois políticos que aparecem nas primeiras colocações, a pesquisa CNT/MDA desta sexta-feira traz Ciro Gomes (PDT) tecnicamente empatado com Simone Tebet (MDB). O pedetista tem 5,6% e a senadora 4,7%. Todos os demais candidatos não chegam a 1% de menção pelos entrevistados.
Os resultados, de acordo com o instituto, colocam Lula com 48% de votos válidos, mantendo um patamar próximo de vencer a disputa no primeiro turno. O boletim destaca ainda que oscilou positivamente as citações de votos definitivos para Lula (84,5%) e para Bolsonaro (87,7%), o que limitaria ‘o espaço para grandes mudanças de percentuais’. A conclusão apontada pelos pesquisadores é de uma ‘incerteza’ sobre a necessidade de um segundo turno.
O instituto também monitorou a preferência dos eleitores de forma espontânea, sem mencionar as opções de candidatos. Lula também aparece na dianteira neste caso. O ex-presidente tem, segundo o MDA, 39,3% de menções espontâneas. Bolsonaro, por sua vez, tem 31,6%. Ciro e Simone ficam mais distantes, com 3,6% para o pedetista e 2,3% para a senadora.
Há ainda cinco sondagens de eventuais cenários de segundo turno. Nos três em que Lula é citado, ele aparece como o vencedor. Bolsonaro, por sua vez, perderia para Ciro, mas venceria Simone. Veja os números:
O que pesa para que os resultados, segundo os dados da pesquisa, são a alta rejeição de Bolsonaro, de 55,4%, a maior entre os concorrentes ao Planalto, e o temor pela continuidade do seu governo, que chega a 36% e supera o medo da volta de um governo petista (30,5%).
“O potencial de voto permanece estagnado para os principais concorrentes, com manutenção de elevados níveis de rejeição, sugerindo que teremos, em um eventual segundo turno, a definição do vencedor como sendo o menos rejeitado”, destaca Marcelo Souza, diretor Instituto MDA, no boletim divulgado junto ao levantamento. “O eleitor poderá considerar o veto mais importante do que o voto”, conclui o pesquisador.
A pesquisa
O MDA ouviu presencialmente 2.002 eleitores entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. Na Justiça Eleitoral, o registro da pesquisa é o BR 06984/2022. Veja a íntegra:
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