Política

Ciro Nogueira admite boa relação com Lula, mas descarta ida ao governo: ‘Seria magoar Bolsonaro’

Em meio a negociações por ministérios, parlamentares do partido tem se aproximado do governo; André Fufuca é cotados para assumir o Desenvolvimento Social

O ex-ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira (PP) afirmou, em entrevista ao Valor, publicada nesta quinta-feira 13, que não criará obstáculos caso integrantes da legenda sejam indicados para ocupar cargos na Esplanada, mas que sigla continuará como oposição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Em meio a negociações entre o centrão e o petista, o nome de André Fufuca (PP) aparece como um dos cotados para assumir o comando do Ministério do Desenvolvimento Social. 

“Se quiserem dar cargo para o partido, é pensando só no partido na Câmara. E eu acho legítimo. O governo tem que ter uma base, o que ele hoje não tem. Eu até posso não interferir nessas pessoas irem para o governo, desde que não envolvam o partido, desde que não prometam o partido”, disse. Referindo-se diretamente a Fufuca, Nogueira prometeu ‘não impedir’ que ele seja nomeado. “É um cara que quer ser ministro, noto que ele quer ser e eu não vou impedir. Se eu disser para ele não ir, ele não vai, mas não vou fazer isso.”

O ex-ministro da Casa Civil confessou ter uma boa relação com Lula, mas se fez claro ao apontar que continuará sendo aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não aceitand cargos no governo do petista. “Eu sei que o Lula gosta de mim e eu gosto dele. Lula me chama de ‘Cirinho’. É uma pessoa que eu gosto”, disse. 

“Ele pensa ‘o Ciro foi governo em todos e não vai ser no meu’. Ele não aceita isso. Mas eu não tenho como. Seria magoar o presidente Bolsonaro de uma forma… e eu não vou fazer isso”, completou. “Eu tenho adoração pelo presidente Bolsonaro, ele foi correto comigo. Acho ele o homem público mais bem-intencionado que conheci. Beira a ingenuidade. Eu não vou fazer isso.”

Nogueira ainda disse acreditar que o ex-capitão errou ao se opor a aprovação da reforma tributária e apontou que trabalhará para a aprovação da medida no Senado. “Ele sentiu que errou. Foi levado ao erro por aquelas pessoas mais extremistas.” 

Ao falar sobre o futuro, o ex-ministro afirmou se ver como um grande cabo eleitoral na disputa nacional de 2026. Ele aposta em uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro como vice. 

“Eu acho que a Tereza [Cristina] é uma boa candidata a presidente. Uma chapa que falam com Tereza e Michelle de vice é uma chapa fortíssima. Só não é mais forte, no meu ponto de vista, que Tarcísio e Michelle”, confessou. 

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