Política

Ciro lança pré-candidatura e diz que acabará ‘com a ficção fraudulenta do teto de gastos’

Durante evento em Brasília, o pedetista criticou o modelo econômico adotado por ex-presidentes e projetou um plano de combate à corrupção

Foto: Assessoria/PDT
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Oficialmente pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, sob o mote ‘A Rebeldia da Esperança’, Ciro Gomes anunciou como uma de suas principais propostas a revogação do Teto de Gastos, implementado durante a gestão de Michel Temer (MDB).

“Esse teto de gastos é a maior fraude já cometida contra o povo brasileiro. Ele só controla os investimentos que beneficiam o povo e deixa totalmente livre a despesa financeira. Isso é um roubo, uma vergonha, uma insensatez”, declarou Ciro nesta sexta-feira 21, no encerramento da Convenção Nacional do PDT, em Brasília. “Prometo acabar com essa ficção fraudulenta chamada teto de gastos e colocar em seu lugar um modelo que vai tocar o País adiante sem inflação e com um equilíbrio fiscal verdadeiro.”

Ciro criticou o modelo econômico adotado no País pelas últimas gestões. “O signo máximo desta época é o tal tripé macroeconômico – meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário -, que deveria ter sido uma solução temporária, de transição, mas que permanece até hoje, proibindo o País de crescer”, afirmou.

Para o pedetista, os ex-presidentes atuaram para enclausurar a economia no neoliberalismo.

“Este desmonte – e repetição do mesmo modelo – já vem de muito tempo. Collor escancarou a porteira, Fernando Henrique preparou a mesa do banquete e Lula condimentou melhor os pratos. Depois de servir cerimoniosamente os tubarões, Lula distribuiu, com compaixão de filantropo, as sobras para os mais pobres”, prosseguiu, em ataque direto ao líder das pesquisas de intenção de voto.

No evento desta sexta, Ciro destacou a necessidade de um projeto que “privilegie a produção em lugar da especulação, gere bons empregos, estruture um cenário macroeconômico favorável a quem produz, modifique a política de juros altos, a estrutura tributária distorcida e a má qualidade dos gastos públicos e amplie o investimento nas áreas da educação, da ciência e da tecnologia”.

O pré-candidato também cobrou mudanças na política de preços e na gestão da Petrobras, à qual que se referiu como “criminosa”, e projetou um plano de combate à corrupção, em meio a duras críticas a Sergio Moro, postulante ao Planalto pelo Podemos.

Ciro Gomes tem o desafio de crescer nas pesquisas eleitorais. Levantamento PoderData divulgado na última quinta-feira 20 mostra o pedetista com 3% das intenções de voto, em 4º lugar. À frente dele aparecem Lula (PT), com 42%; Jair Bolsonaro (PL), com 28%; e Sergio Moro (Podemos), com 8%.

 

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