Ciro Gomes: ‘Se tivesse um debate sério, eu ganhava a eleição no primeiro turno’

Ciro Gomes, candidato do PDT ao Palácio do Planalto, afirmou nesta quinta-feira 25 que, se tivesse uma oportunidade de participar de um ‘debate sério’ contra Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), venceria seus adversários no primeiro turno. A declaração foi dada em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Jovem Pan.

“Se nós tivéssemos um debate em que, como a qualidade da pergunta que estão fazendo para mim, obrigasse os candidatos a dizer o porquê de tanto desemprego, onde nasceu esse fenômeno ou [questionassem] ‘por que o Brasil era a economia que mais crescia no mundo e agora é a que menos cresce?’ ‘Por que a inflação brasileira está tão alta e o que o senhor pretende fazer?’, eu ganhava a eleição no primeiro turno”, afirmou.  Segundo o pedetista, Lula e Bolsonaro ‘não teriam condições’ de responder a esses questionamentos, nem fornecer propostas de soluções, pois fazem parte da ‘raiz do problema’ e já tiveram oportunidade de ‘fazer, mas não fizeram’.

“Lula e Bolsonaro, nenhum dos dois, tem condição de explicar essas questões. Porque um já teve a oportunidade, em quatro eleições que o PT ganhou…caramba, por que não fizeram?”, destacou. “Não houve nenhuma reforma estrutural no período de quatro mandatos de Lula e do PT e não fizeram porque não tem concepção”.

Na conversa, Ciro voltou a prometer fazer ‘reformas profundas’ que possibilitariam, segundo diz, fazer saltar os investimentos públicos de 25 bilhões de reais para 180 bilhões de reais por ano. Ele voltou ainda a fazer menções à criação de 5 milhões de empregos em apenas dois anos caso seja eleito.

“Primeiro, [é preciso fazer um] corte de 20% dos privilégios de renúncias fiscais, que dá 70 bilhões de reais por ano…é suficiente [para criar os 5 milhões de empregos]”, disse. “Mas a retomada das obras de infraestrutura pública também complementará esses 5 milhões de empregos”.

Ainda no tema ‘solução para o desemprego’, que alega ser ponto central da discussão que lhe daria vitória em primeiro turno, Ciro também prometeu rever a reforma trabalhista.

“Vou convocar os empresários, os trabalhadores, as universidades e a legislação internacional comparada para tentarmos pacificar um novo código brasileiro do trabalho”, disse. “Nem tanto ao mar, que engesse e não entenda as novas tecnologias disruptivas, com novas práticas do mundo do trabalho, nem tanto a terra, que seria voltar o Brasil a uma espécie de semi-escravidão”.