Política
Ciro Gomes diz que o STF está ‘muito aquém da grandeza de que o Brasil precisa’
O pedetista defendeu a obediência à Corte, mas afirmou que reflete ‘criticamente’ sobre a atuação dos magistrados
O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal durante entrevista à Jovem Pan, nesta quinta-feira 25.
Ciro disse que é dever da sociedade obedecer as determinações do STF, mas alegou faltar “grandeza” à Corte.
“Nós, brasileiros que amamos a democracia e o direito, devemos acatar a palavra derradeira da nossa Suprema Corte. Isso é chave de uma estabilidade institucional, sem a qual é impossível, e fora dela é a selva da força”, declarou. “Isto dito, qualquer um de nós tem direito de refletir criticamente. No meu caso, com todo o acatamento e respeito, eu acho o Supremo Tribunal Federal muito aquém da grandeza histórica que o Brasil espera e precisa.”
Na sequência, o ex-governador do Ceará afirmou ser contra o impeachment de qualquer um dos ministros do STF. Segundo ele, o instrumento não pode ser “vulgarizado” e só deve ser utilizado em caso de crime de responsabilidade.
“A gente não pode estar vulgarizando isso porque não gosta criticamente”, afirmou. “O Supremo está muito aquém da sua tarefa histórica, e o que vai mudar isso não é nenhuma mudança na lei. É a restauração da autoridade da Presidência da República. No presidencialismo, confunde a chefia de Estado com a chefia de governo. Hoje, o chefe de Estado no Brasil não cumpre a sua autoridade, porque infelizmente filhos são corruptos, você tem medo de ser preso, e quem é que tem essa iminência? A Suprema Corte.”
Ciro projetou ainda “restaurar a autoridade da Presidência da República” e disse ter tido uma “relação fecunda” com o Tribunal de Justiça do Ceará quando governou o estado.
Pesquisas eleitorais, no entanto, mostram que o pedetista segue sem atingir os dois dígitos nas intenções de voto. O levantamento Exame/Ideia desta quinta 25 apontou o pedetista com 9%, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 44%, e do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 36%.
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