Política
Ciro: após o que houve com Lula, responsabilidade de governar é maior
Em convenção, o PDT formalizou seu pré-candidato às eleições presidenciais deste ano
Durante o ato que tornou oficial a candidatura de Ciro Gomes à presidência, nesta sexta-feira 20, o pedetista, nos momentos finais de seu discurso, afirmou que “depois de tudo o que houve (no País) com o presidente Lula, a responsabilidade de governar por um País melhor aumenta muito, pois sabemos que é possível ser diferente conectado com o povo”.
Na sequência, o pré-candidato pediu ainda que todos os que lutam por justiça social o ajudem a transformar o País. O PTD oficializou a candidatura de Ciro sem anunciar quem será o vice na chapa, e ainda sem fechar aliança com outros partidos. No evento o pré-candidato optou por um discurso com apelo ao fim das desigualdades sociais produzidas nos últimos anos, como o crescimento da mortalidade infantil e a fome.
As críticas aos seu temperamento não ficaram de fora da fala. Ciro afirmou “que fala dez horas por dia, pois essa é sua ferramenta de trabalho”, e que está sujeito “a cometer erros como qualquer um, mas nunca por desonestidade intelectual.”
Ciro Gomes tornou-se alvo de investigação pelo Ministério Público por usar expressão “capitão-do-mato” contra o vereador paulista Fernando Holiday. A declaração dividiu opiniões no movimento negro. O inquérito é por injúria racial.
Dentre os eixos que devem nortear a campanha, Ciro destacou em seu discurso as altas taxas de desemprego, além da incapacidade dos governos nos últimos três anos em frear a desindustrialização. Saúde, com “enormes filas ambulatoriais”, as dificuldades das “crianças e jovens em ter formação de qualidade garantida” também estiveram entre os pontos de destaque do pré-candidato.
A segurança pública, área priorizada pelas candidaturas de direita, também foi destacada. Ciro afirmou que “as altas taxas de violência, assim como as facções criminosas não serão combatidas com a cultura do ódio e discursos vazios.”
O pedetista encerrou sua fala pedindo “um debate fraterno e que respeite as diferenças” ao longo da campanha.
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