Política
Cid diz que não vai sossegar até cada filiado do PDT participar da campanha de Lula
Irmão de Ciro Gomes esteve ao lado de Elmano Freitas e Camilo Santana em ato de organização da campanha do petista no Ceará
O pedetista Cid Gomes, senador e irmão de Ciro Gomes, afirmou que está totalmente ‘engajado’ na vitória de Lula (PT) na eleição contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao lado de Camilo Santana e Elmano Freitas em evento no Ceará, Cid elencou motivos para votar no petista e disse que ‘não irá sossegar’ enquanto não ver todos os seus colegas de partido na campanha do ex-presidente.
“Meu querido amigo Camilo me pediu que eu ajudasse na mobilização de amigos do PDT para este segundo turno”, discursou Cid, de acordo com o jornal O Povo. “[…] Não sossegarei enquanto não tiver cada um dos filiados do PDT engajado nessa luta”.
O senador disse ainda que seu voto e participação na campanha de Lula se deve a outro dois fatores. O primeiro, destaca, é a oposição a Bolsonaro e o segundo é uma forma de ajudar Elmano, eleito no primeiro turno, a governar o estado com mais tranquilidade.
“Eu estou aqui, em primeiro lugar, pelo Brasil. O Brasil não pode ter mais quatro anos de gestão, se é que a gente pode dizer assim, do Bolsonaro. É um governo sem rumo, biruta, que não sabe o que faz na saúde e na educação”, reforçou. “A segunda razão é o meu estado do Ceará. O povo cearense elegeu em primeiro turno o Elmano Freitas para governar e para a sua gestão é fundamental que a gente tenha um governo que seja republicano, sério, que trate com responsabilidade e acima da politicagem os gestores deste País”.
No primeiro turno, Cid não se posicionou enfaticamente sobre a eleição presidencial e se manteve afastado de Ciro, que terminou a disputa em quarto lugar. O rompimento entre os irmãos se deu, em especial, pela escolha de Ciro em lançar Roberto Cláudio como candidato ao governo do Ceará. A candidatura pôs fim a uma aliança de longa data entre PT e PDT no estado.
Cid foi contrário ao fim da composição e preferiu se manter neutro naquele momento. O afastamento, no entanto, foi classificado como ‘uma facada nas costas’ por Ciro. No dia do primeiro turno, logo após votar, o então presidenciável disse que esse episódio seria ‘uma ferida que iria sangrar até o último dos seus dias’.
Na disputa de segundo turno, vale dizer, Ciro decidiu seguir o PDT e apoiar Lula. O anúncio, no entanto, foi feito por um vídeo em que ele não cita o nome do petista. Ele, ao contrário de outros membros do PDT, também não fez aparições ao lado de Lula ou de outros integrantes do PT.
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