Relatório da Polícia Federal que investiga o senador Chico Rodrigues, flagrado com dinheiro na cueca, aponta que ele pode ter usado da proximidade com o governador de Roraima, Antonio Denarium (sem partido), para beneficiar firmas ligadas a empresária Gilce Pinto, também investigada do inquérito.
No documento, a PF aponta que duas empresas, a Haiplan e a Limponge, vinculadas a Gilce Pinto, teriam conseguido aditivos em contratos já em curso com o estado. Os benefícios teriam sido possíveis porque Gilce era supostamente ligada a Chico Rodrigues, que, por sua vez, “teria grande influência no Governo de Roraima”.
“Há fortes indícios de que este parlamentar teria grande influência no Governo de Roraima. Por este motivo, suspeita-se que o Senador tenha feito gestão junto à ANTÔNIO DENARIUM, Governador do estado de Roraima, para que, ao invés de se fazer novo processo licitatório, o governo aditivasse os contratos já existentes entre 03 (três) empresas, das quais 02 (duas) possuem vínculo direto com Gilce, – Gilce O. Pinto, Cnpj: 34.812.305/0001-10 e Haiplan Construções Comércio e Serviços Ltda, Cnpj 03.094.036/0001-70.”, destacou a PF.
Embora citado no relatório, a PF não destaca cometimento de ato ilegal por Denarium.
No inquérito em curso, Rodrigues é apontado como um “gestor paralelo” da Secretaria Estadual de Saúde, possivelmente ligado a um esquema de desvios de recursos que seriam destinados ao combate da pandemia em Roraima.
No dia da operação contra os envolvidos, foram apreendidos R$ 33 mil na cueca do senador.
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