A Controladoria-Geral do Município (CGM) abriu uma sindicância para apurar a distribuição de cestas básicas na periferia de São Paulo na semana do segundo turno da eleição para a Prefeitura da capital paulista, disputado entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL).
A entrega de alimentos, revelada em primeira mão por CartaCapital, aconteceu na última quinta-feira 26, na Brasilândia, zona norte da cidade, e foi promovida por uma entidade chamada Movimento Social Beneficente (Mosobe), ligada ao PSDB.
Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram um carro de som adesivado que tocava o jingle da campanha de Bruno Covas na Rua Raulino Galdino da Silva, a poucos metros da distribuição de cestas.
Na quinta-feira 27, a campanha de Guilherme Boulos acionou a justiça contra o PSDB. Os advogados do candidato do PSOL acusam a campanha tucana de abuso de poder político “em prol da promoção do candidato à reeleição”.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que a doação de alimentos faz parte do Programa Cidade Solidária, instituído no início da pandemia. Porém, moradores da região afirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que a entidade sempre distribuiu leite duas vezes por semana, mas que essa foi a primeira vez que doou cestas básicas.
Covas declarou na quinta-feira 27 que pediu a investigação à CGM. “Em nenhum momento a campanha se utilizou dessa distribuição. Já determinei à Controladoria que investigue o que aconteceu na Brasilândia e quem são os responsáveis”, disse.
*Com informações da Agência Estado
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