Política
Castro pede reforço das Forças Armadas no Rio e apresenta propostas ao Congresso
O governador fluminense se reuniu nesta quarta-feira 25 com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), apresentou nesta quarta-feira 25 um pacote de propostas sobre a segurança pública e pediu ao governo Lula (PT) o reforço das Forças Armadas em portos, aeroportos e rodovias federais.
A crise na segurança do Rio se intensificou nos últimos dias. Na segunda-feira 23, ao menos 35 ônibus e um trem foram incendiados na Zona Oeste da capital fluminense, após a morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
“Pedi que a Marinha reforce o patrulhamento nos portos e na Baía de Guanabara, que a Aeronáutica reforce o patrulhamento nos aeroportos e que as forças nacionais reforcem o patrulhamento nas rodovias federais”, disse Castro. “Com isso, não precisa de GLO [decreto de Garantia da Lei e da Ordem].”
As declarações foram concedidas após uma reunião com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Castro também se encontrará com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Entre as propostas apresentadas por Castro ao Congresso estão:
- Fim da progressão de pena para criminosos com armas de guerra;
- Fim da progressão de pena para criminosos envolvidos em lavagem de dinheiro para essas organizações;
- Fim da progressão de pena para criminosos que atuem em serviços concessionados;
- Tarifa social para serviços públicos em áreas elegíveis, “para que as pessoas não precisem comprar do tráfico ou da milícia”; e
- Criação de gabinetes estaduais contra a lavagem de dinheiro.
Mais cedo, o comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, afirmou estar descartado, ao menos por enquanto, o uso de militares da Força nas ruas do Rio de Janeiro.
Paiva se reuniu na terça 24 com o presidente Lula (PT), em Brasília. “Não tem militar do Exército na rua. Está descartado neste momento. O Exército vai atuar onde está atuando. O Exército não vai ser empregado no Rio de Janeiro”, disse o general ao G1.
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