No Paraná, a cassação do mandato do senador Sergio Moro, do União Brasil, é dada como certa. Em 1º de abril, o Tribunal Regional Eleitoral deverá retomar o julgamento do ex-juiz, que responde a duas ações, por abuso de poder econômico e caixa 2, movidas pelo Partido Liberal e pela Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV. Moro foi eleito em 2022 com 1,9 milhão de votos. Derrotou o candidato de Jair Bolsonaro, Paulo Martins, do PL, o ex-governador e senador Álvaro Dias, do Podemos, por ironia, seu padrinho político, e o também ex-governador e senador Roberto Requião, que trocara o MDB pelo PT. Se a condenação for confirmada pelo TRE e, mais tarde, pelo TSE, será necessário convocar nova eleição para a vaga.
Como um bom coronel da política, figura que dizia abominar, Moro busca, digamos, uma solução interna para não se ver desprovido completamente de poder. Sua mulher, Rosângela, eleita deputada federal por São Paulo, anunciou a intenção de transferir o domicílio eleitoral de volta a Curitiba. A mudança seria o primeiro passo para uma eventual candidatura à vaga do “conje”. Caso a manobra seja aprovada pela Justiça Eleitoral, os paranaenses terão a opção de manter um Moro no Senado.
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