O político Domingos Brazão teria sido o mandante intelectual do assassinato da vereadora Marielle Franco, atentado que ocorreu no dia 14 de março de 2018 e que vitimou, também, o motorista Anderson Gomes.
A denúncia, feita pela ex-procuradora geral da República Raquel Dodge, foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça antes de Dodge deixar o cargo, e foi obtida pelo portal UOL.
De acordo com a reportagem, a denúncia mostra que Brazão, que foi deputado estadual do Rio por 17 anos e trabalhou como conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, “arquitetou o homicídio da vereadora Marielle Franco e visando manter-se impune, esquematizou a difusão de notícia falsa sobre os responsáveis pelo homicídio”.
Na denúncia, a Procuradoria aponta que Brazão e outros suspeitos teriam interferido no procedimento das investigações ao organizarem o vazamento de falsas teorias para a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Em julho do ano passado, Domingos Brazão prestou depoimento à polícia e negou participação no crime. Ele não havia respondido aos questionamentos do UOL.
Dodge aponta cinco pessoas como acusadas de obstrução de justiça contra o caso. São elas o agente aposentado da Polícia Federal, Gilberto Ribeiro da Costa, o policial militar do Rio, Rodrigo Jorge Ferreira, a advogada Camila Moreira Lima Nogueira, e o delegado da polícia federal Hélio Khristian Cunha de Almeida.
Raquel Dodge também pediu a federalização do caso no documento enviado ao STJ. Na quinta-feira 24, o chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), delegado Antônio Ricardo Nunes, admitiu que a Polícia Civil estava atuando em uma linha de investigação que incluía Brazão.
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