Política

Caso Marielle: PGR aponta Domingos Brazão como mentor de crime, diz site

Denúncia teria sido feita por Raquel Dodge, ex-procuradora da República, antes de deixar o cargo em setembro deste ano

Caso Marielle: PGR aponta Domingos Brazão como mentor de crime, diz site
Caso Marielle: PGR aponta Domingos Brazão como mentor de crime, diz site
Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. Foto: Renan Olaz/CMRJ Marielle Franco (Foto Renan Olaz/ CMRJ)
Apoie Siga-nos no

O político Domingos Brazão teria sido o mandante intelectual do assassinato da vereadora Marielle Franco, atentado que ocorreu no dia 14 de março de 2018 e que vitimou, também, o motorista Anderson Gomes.

A denúncia, feita pela ex-procuradora geral da República Raquel Dodge, foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça antes de Dodge deixar o cargo, e foi obtida pelo portal UOL.

De acordo com a reportagem, a denúncia mostra que Brazão, que foi deputado estadual do Rio por 17 anos e trabalhou como conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, “arquitetou o homicídio da vereadora Marielle Franco e visando manter-se impune, esquematizou a difusão de notícia falsa sobre os responsáveis pelo homicídio”.

Na denúncia, a Procuradoria aponta que Brazão e outros suspeitos teriam interferido no procedimento das investigações ao organizarem o vazamento de falsas teorias para a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Em julho do ano passado, Domingos Brazão prestou depoimento à polícia e negou participação no crime. Ele não havia respondido aos questionamentos do UOL.

Dodge aponta cinco pessoas como acusadas de obstrução de justiça contra o caso. São elas o agente aposentado da Polícia Federal, Gilberto Ribeiro da Costa, o policial militar do Rio, Rodrigo Jorge Ferreira, a advogada Camila Moreira Lima Nogueira, e o delegado da polícia federal Hélio Khristian Cunha de Almeida.

Raquel Dodge também pediu a federalização do caso no documento enviado ao STJ. Na quinta-feira 24, o chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), delegado Antônio Ricardo Nunes, admitiu que a Polícia Civil estava atuando em uma linha de investigação que incluía Brazão.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo