Política

Carta pela democracia passa das 500 mil assinaturas em 4 dias

Manifesto organizado na Faculdade de Direito da USP começou com mais de três mil signatários e foi aberto para o público em geral na tarde da terça-feira

Foto: Alan Santos/PR
Apoie Siga-nos no

A “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito” chegou à marca de 500 mil assinaturas na noite desta sexta-feira 29. O documento foi aberto para a adesão do público em geral na terça-feira, às 17h. O texto reúne juristas e também tem entre os signatários banqueiros e empresários.

Os organizadores estão fazendo um trabalho de filtragem para evitar sabotagem nas assinaturas. O manifesto foi criado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

O documento em defesa dos tribunais superiores e da Justiça Eleitoral se antecipa aos atos de 7 de Setembro, que estão sendo organizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

No manifesto disponível para assinatura do público em geral estão petistas, tucanos, procuradores que trabalharam na Lava Jato, o advogado que ajudava a campanha do ex-juiz Sérgio Moro, ex-ministros de FHC, Lula, Dilma e Temer, empresários, economistas liberais, subprocuradores-gerais da República, membros do Ministério Público Federal, uma ex-assessora de Paulo Guedes e João Doria, a coordenadora de programa de Simone Tebet (MDB) e uma série de outras personalidades.

Ao longo da sexta-feira, presidenciáveis se manifestaram em respeito do assunto. Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) disseram ter assinado o documento. Bolsonaro foi o único que fez críticas.

Ele ironizou o manifesto de entidades a favor da democracia pelo Twitter nesta quinta-feira, 28. Minutos depois, sem mencionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chefe do Executivo questionou de que lado estaria o manifesto.

Além dessa carta, outro manifesto está sendo preparado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), intitulado “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, e faz parte de um dos atos organizados para ocorrer no dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito da USP.

No manifesto, que será publicado no dia 11 de agosto, as entidades empresariais vão defender o compromisso com o Estado democrático de direito como condição indispensável para o desenvolvimento do País.

Na quarta-feira, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que vai participar deste manifesto, que deve ser publicado nos principais jornais do País, com assinatura de entidades da sociedade civil. Na contramão, as confederações da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e dos Serviços (CNS) decidiram não assinar o manifesto em defesa da democracia.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar