Política

Carlos Bolsonaro usa camiseta de Luther King e internet vai à loucura

O filho 03 do presidente deu uma resposta indelicada a um jovem que perguntou sobre Fabrício Queiroz

Carlos Bolsonaro usa camiseta de Luther King e internet vai à loucura
Carlos Bolsonaro usa camiseta de Luther King e internet vai à loucura
Carlos Bolsonaro e a camiseta com uma foto de Martin Luther King estampada (Foto: Reprodução)
Apoie Siga-nos no

Carlos Bolsonaro, filho 03 do presidente Jair Bolsonaro, foi flagrado neste sábado 22 com uma camiseta estampada com a foto de Martin Luther King. A cena levou os internautas à loucura, que questionaram a contradição da peça de roupa usada – o pastor protestante americano foi um dos mais importantes líderes ativistas do movimento dos direitos civis negros nos Estados Unidos. Sua morte está prestes a completar 52 anos.

O contexto em que a imagem foi flagrada também gerou polêmica. Carlos foi filmado por um jovem aparentemente em um aeroporto, que ao cruzar com o vereador perguntou “cadê o Queiroz?”. Supostamente acompanhado por um segurança, o vereador respondeu: “no teu cu”. Nesse momento, o acompanhante de Carlos se aproxima e o jovem pergunta se ele iria lhe bater. O vídeo tem exatos dez segundos. O nome de Martin Luther King foi parar nos trending topics do Twitter neste sábado.

Luther King era um pastor batista. Vivia no contexto de segregação da população negra no país, com a negação do direito de votar e a instituição de espaços públicos separados dos brancos. Por isto, o pastor foi compelido a denunciar o racismo em seu país e conclamar a reconciliação e a paz entre negros e brancos.

Tornou-se um grande líder do movimento de superação do racismo nos EUA e por direitos civis, com atos, protestos e manifestações públicas não-violentas. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964 e no mesmo ano viu o alcance dos direitos concedidos por lei. Ele prosseguiu: liderou a Campanha pelos Pobres, contra a desigualdade econômica, e pregou ardentemente contra a Guerra do Vietnã.

Recebeu também muitas ameaças de morte, mas se manteve firme no compromisso de sua fé.  Em 4 de abril de 1968, foi assassinado com um tiro.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo