Política

Carlos Bolsonaro: “o que está por vir pode derrubar o capitão eleito”

Pedalada? Filho 02 de Bolsonaro inflama tese no Twitter de que Congresso conspira para que presidente gaste além do esperado

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Em mais uma mensagem com tom enigmático publicada nas redes sociais, Carlos Bolsonaro, o filho 02 do presidente da República, compartilhou um vídeo nesta quarta-feira 15 que denuncia uma articulação “já engatilhada” para fazer com que Bolsonaro cometesse o crime das pedaladas fiscais. “O que está por vir pode derrubar o capitão eleito”, disse.

Com base no vídeo do youtuber Daniel Lopez – mais um dos seguidores de Olavo de Carvalho que inflamam as redes sociais -, Carlos corrobora com a visão de que a não aprovação da Medida Provisória 870, que altera a estrutura ministerial de Bolsonaro, poderia obrigar o presidente a gastar mais do que o previsto. “O que querem é claro!”, escreveu, ao trabalhar com a hipótese de um impeachment do pai.

Carlos também compartilhou uma postagem de uma apoiadora na mesma linha. De acordo com ela, a esquerda “quer que o presidente pedale para que peçam o impeachment”.

As pedaladas fiscais consistem em uma manobra feita pelo Poder Executivo para aparentar equilíbrio nas contas públicas, mas que, justamente por mascararem a situação real, podem ser julgadas como crime de responsabilidade fiscal.

Para a aprovação dos projetos – das quais se destacam a reforma da Previdência e a aprovação da MP 870 -, Bolsonaro precisa de articulação política dentro do Congresso, o que não parece ser capaz de realizar. Escândalos envolvendo a ala ideológica e militar do governo, assim como resultados não esperados para a economia nessa altura do ano, desmoralizaram o governo.

 

Em relação à reforma ministerial, a Comissão Especial trouxe derrotas aos planos iniciais do governo. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) não ficou com o ministro Sergio Moro, que ficou com a Funai (Fundação Nacional do Índio) enquanto era Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos que flertava com o órgão.

O presidente cedeu e recriou os ministérios da Integração Nacional e das Cidades, mas não parece ter sido o suficiente para convencer a base aliada.

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