Candidato do PPS chama tucano de “comunista” em São Bernardo do Campo

Integrante da legenda socialista, Alex Manente liga o adversário Orlando Morando a “comunistas que querem a ideologia de gênero nas escolas”

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Partido Popular Socialista (PPS) foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 6 de março de 1990. A legenda, contudo, tem uma história de 94 anos. O PPS era o antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB), o “Partidão” fundado em 1922 com inspiração na luta de classes definida por Karl Marx e Friedrich Engels.

A legenda arroga para si, conforme estatuto registrado no TSE, a missão de “resgatar a melhor tradição do pensamento marxista e do humanismo libertário” na democracia.

O documento-base do partido defende princípios que “excluem dogmatismos e sectarismos” na defesa de um regime político baseado no “pluralismo”.

A defesa dos preceitos marxistas, porém, está sendo ignorada pelo candidato do PPS à prefeitura de São Bernardo do Campo, o deputado federal Alex Manente.

Em vídeo publicado nesta quinta-feira 20 em sua página no Facebook, o candidato do partido socialista acusa seu adversário, o tucano Orlando Morando, de ser apoiado por “comunistas” em referência à aliança do PCdoB com o PSDB no segundo turno.


Manente é um advogado de 37 anos, que integra o partido desde 18 anos e já foi líder da juventude do PPS. Ele já foi vereador em São Bernardo, deputado estadual e está no primeiro mandato em Brasília.

O socialista, porém, está atrás do candidato do PSDB nas pesquisas de intenção de voto. Levantamento divulgado hoje pela Rádio Jovem Pan/Paraná Pesquisas aponta Morando 61,2% dos votos válidos, contra 38,8% de Manente.

A pesquisa foi divulgada horas antes do vídeo no qual o candidato do PPS afirma na propaganda que: “Orlando 45 é apoiado pelos comunistas que querem a ideologia de gênero nas escolas”.

O locutor da propaganda de Manente acusa, ainda, o tucano de ser da “turma de desvios da merenda escolar”. O tucano é deputado estadual e suplente da CPI da Merenda, mas não pesa contra ele nenhuma acusação nos desvios de compra de alimentos para escolas no governo Geraldo Alckmin.

A investigação sobre os supostos desvios é tocada pela Polícia Civil e o Ministério Público Estadual  no âmbito da Operação Alba Branca

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