Política

Campanha de Lula precisa fazer movimento em São Paulo, diz Márcio França

Derrotado na disputa pelo Senado paulista, o líder do PSB disse não ver erros no 1º turno e espera a vitória no 2º

Foto: Victor Ohana
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Candidato derrotado na disputa pelo Senado de São Paulo, o ex-governador Márcio França (PSB) afirmou que a campanha do ex-presidente Lula (PT) precisa realizar um “movimento” no estado para angariar entre 500 mil e 1 milhão de votos na disputa presidencial de segundo turno.

A declaração ocorreu nesta segunda-feira 3, no Hotel Gran Mercure, na capital paulista, onde Lula e aliados realizam uma reunião de avaliação sobre o resultado eleitoral do domingo 2.

“Para efeito do Lula, a aposta está bem feita. Faltou um pouquinho, faltou 1,5%. Vamos buscar esse 1,5% e vamos completar o que falta”, declarou. “A essência dessa disputa é a eleição presidencial. Nós vamos ganhar com Lula, presidente da República, é o que mais importa. Para isso, importante mesmo é fazer um movimento em São Paulo, de mais 500 mil, 1 milhão de votos.”

França pontuou que há uma tradição de voto “mais conservador” em São Paulo, mas reconheceu que o resultado não era previsto. Questionado sobre quais seriam os eventuais erros da campanha da chapa no estado, o ex-governador disse que não era possível mencionar.

“Não dá para dizer, foi uma campanha redonda. É que tem que deixar o povo votar. O povo aqui em São Paulo escolheu um jeito de fazer a coisa ficar com emoção ou sem emoção”, disse. “Eu tinha dito para o Lula se ele queria com emoção ou sem emoção. Ele queria com emoção. Então vamos ficar com emoção até o finalzinho aí.”

França também foi questionado sobre se o bolsonarismo foi subestimado. “O que eu sei é que o Tarcísio [de Freitas] é um candidato desconhecido para todo mundo, não é daqui, mas é um técnico, tem seus méritos. E agora o segundo turno vai dar a chance de debater mais sobre São Paulo. O Haddad vai ter a oportunidade de mostrar que é mais capacitado para governar.”

Em relação à derrota de Rodrigo Garcia (PSDB), França revelou ter falado com o tucano após o resultado e afirmou que espera que o governador não apoie o candidato de Bolsonaro. Segundo ele, a campanha de Haddad ainda não dialogou sobre um possível apoio do atual governador, mas declarou que esse ponto “vai chegar”.

“Eu disse para ele que o resultado não representa um perfil do governo dele. Estava polarizado, e qualquer coisa que ficasse no meio seria trucidada”, avaliou. “E foi ele o trucidado da vez. (…) O Rodrigo e todo mundo que é democrata não vai fazer campanha para alguém que não é do estado.”

Em São Paulo, Haddad liderava todas as pesquisas eleitorais para o governo, mas acabou ficando na segunda posição, atrás do ex-ministro bolsonarista. No Senado, o vitorioso foi Marcos Pontes (PL), que também aparecia atrás do líder. Pontes foi astronauta e também ocupou um ministério de Bolsonaro.

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