Política

Campanha de Lula não vai recuar, diz Gilberto Carvalho após aumento de violência política

‘Temos que ter massa e povo na rua, pois é esta força que constrange e põe medo neles’, acrescentou

Foto: EVARISTO SA / AFP
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O assassinato do petista Marcelo Arruda por um bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR) no fim de semana foi o tema principal nos discursos do ex-presidente Lula (PT) e do candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), durante evento de pré-campanha em Brasília na noite de terça-feira 12.

O petista relembrou as campanhas eleitorais que disputou e as três vezes em que perdeu: em 1989 para Fernando Collor e em 1994 e 1998 para Fernando Henrique Cardoso.

“Não tem nenhuma história, nenhum sinal de violência em todas as campanhas de que participei neste País. Mesmo quando perdi do Collor não teve encrenca”, discursou. “O PT polariza nas eleições para presidente desde 1994 e não se tem sinal de violência”, prosseguiu.

Lula disse ainda que “a sociedade começa a perceber o que está em jogo” e lembrou recentes atos violentos contra sua campanha: a bomba caseira arremessada contra seu comício no Rio de Janeiro e o sobrevoo de um drone que lançou veneno em seus apoiadores em Uberlândia (MG).

Apesar dos riscos, a ordem da campanha de Lula é “não recuar” diante das intimidações.

“Segurança absoluta não existe em nenhum lugar do mundo. A nossa solução é não recuar, pois é isso que eles querem, que a gente recue”, disse o ex-ministro Gilberto Carvalho a CartaCapital durante o evento na capital federal. “Temos que ter massa e povo na rua, pois é esta força que constrange e põe medo neles”.

O tom adotado por Alckmin foi mesmo ao repudiar a escalada da violência política às vésperas de começar a campanha eleitoral.

“Quando uma pessoa invade uma festa de aniversario e mata outro por intolerância política, quando com drone jogam veneno sobre o povo, quando atiram bomba na multidão, o Brasil precisa mudar”, pontuou. “Não é possível continuar esse estado de coisas”.

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