O sonho da integração regional é antigo na América Latina. Vem desde as guerras de independência encampadas por Simón Bolívar e Manuela Sáenz. Apesar disso, o Brasil segue virado de costas aos países vizinhos, enquanto contempla o horizonte além da Linha do Equador. Já a preocupação em se conectar com as nações africanas é mais recente, e remete a um projeto de política externa voltado à estratégia “Sul-Sul”, cujo objetivo é a construção de parcerias entre os países situados na periferia do capitalismo, o que foi abandonado nos últimos anos pelo Itamaraty.
Na tentativa de viabilizar o sonho de Bolívar, há pouco mais de dez anos nasceram no Brasil duas universidades federais com caráter totalmente distinto das demais. A Unila, localizada em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, busca a integração dos países da América Latina. Já a Unilab, com três campi localizados em Acarape e Redenção, no interior do Ceará, e São Francisco do Conde, no interior da Bahia, atrai estudantes, professores e pesquisadores de nações africanas de língua portuguesa.
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