Política

Câmara votará cassação de Carla Zambelli e Glauber Braga

O presidente da Casa, Hugo Motta, informou que o caso de Alexandre Ramagem (PL-RJ) ficará para a próxima semana

Câmara votará cassação de Carla Zambelli e Glauber Braga
Câmara votará cassação de Carla Zambelli e Glauber Braga
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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O plenário da Câmara deve analisar nesta quarta-feira 10 se cassa ou não os mandatos dos deputados federais Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ), segundo anunciou o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após uma reunião com líderes partidários.

Motta também informou que o caso envolvendo Alexandre Ramagem (PL-RJ) será analisado na próxima semana. O deputado federal, que fugiu para os Estados Unidos em setembro, foi condenado por tentativa de golpe de Estado pelo Supremo Tribunal Federal, que também declarou a perda do seu mandato.

Nos casos de Zambelli e Ramagem, Motta optou pelo caminho mais longo e enviou os casos à análise dos deputados, em vez de formalizar a perda do mandato automaticamente, como determinou o STF.

Glauber, por sua vez, entrou na mira dos colegas sob acusação de quebra de decoro parlamentar por ter expulsado, aos empurrões, um militante do Movimento Brasil Livre que o xingou nos corredores da Casa. O episódio ocorreu no ano passado.

Gabriel Costenaro, que estava na Câmara na ocasião para participar de uma manifestação em apoio a motoristas de aplicativos, teria ofendido o deputado e chamado a mãe dele de “corrupta”.

No caso de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também está nos EUA, o chefe da Câmara afirmou que ele já atingiu o número “suficiente” de faltas para ter o mandato parlamentar cassado. A decisão, segundo Motta, será da Mesa Diretora.

A Constituição estabelece que um parlamentar perderá o mandato se deixar de ir a pelo menos um terço das sessões de votações ao longo do ano. Pelos registros da Câmara, das 71 sessões ocorridas em 2025, Eduardo Bolsonaro faltou a 56 — o que equivalente a quase 79%.

O filho de Bolsonaro chegou a tirar uma licença, para não ter faltas computadas no sistema da Câmara, mas o prazo expirou em julho.

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