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Caiado diz ‘respeitar’ escolha de Bolsonaro por Flávio, mas mantém pré-candidatura

O chefe do Executivo goiano buscava o apoio do ex-capitão para se viabilizar na corrida pelo Palácio do Planalto

Caiado diz ‘respeitar’ escolha de Bolsonaro por Flávio, mas mantém pré-candidatura
Caiado diz ‘respeitar’ escolha de Bolsonaro por Flávio, mas mantém pré-candidatura
Ronaldo Caiado. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Eleições 2026

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou “respeitar” a decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que escolheu seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para representá-lo na disputa à Presidência em 2026. Caiado, porém, reafirmou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.

“É uma decisão do ex-presidente, juntamente com sua família, e cabe a todos nós respeitá-la. Ele tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro”, disse Caiado por meio das redes sociais. “Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros”.

O chefe do Executivo goiano buscava o apoio do ex-capitão para se viabilizar na corrida pelo Palácio do Planalto, mas era alvo de resistências tanto de correligionário quanto do núcleo duro do bolsonarismo.

Flávio recebeu as bençãos do pai logo após visitá-lo na superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está preso por conta da condenação a 27 anos de prisão pela tentativa de golpe. Em seguida, confirmou a escolha nas redes sociais.

O post no X pinta o cenário nacional como um retrato de “instabilidade, insegurança e desânimo”, menciona “narco-terroristas”, critica políticas fiscais e econômicas e o apresenta como alguém que não ficará “de braços cruzados”.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, era o nome mais cotado para liderar uma chapa bolsonarista no ano que vem. Flávio diz ter já comunicado ao chefe do Palácio dos Bandeirantes que foi escolhido pelo pai, sinalizando que ele deve se contentar com a busca pela reeleição. Faltou combinar com as legendas do Centrão, que são reticentes à candidatura do filho do ex-presidente e devem adotar uma posição de neutralidade em 2026.

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