O Ministério da Economia confirmou que o economista Bruno Funchal será o novo secretário do Tesouro Nacional a partir do dia 31 de julho, data estipulada para a saída do atual secretário Mansueto Almeida, que pediu demissão do cargo.
Funchal já é funcionário do Ministério e ocupa, desde o início do governo Bolsonaro, a equipe da Secretaria de Fazenda como diretor de programas.
Nesta segunda-feira 15, ao comentar sobre sua saída, Mansueto Almeida disse que as políticas econômicas de Guedes, que seguem no caminho de mais reformas e planos de privatização de estatais, não devem ser alteradas com sua saída. “O grande fiador do ajuste fiscal é o ministro Paulo Guedes”, afirmou.
Mansueto, porém, divergiu da maioria do governo ao afirmar que as prioridades em tempos de pandemia deveriam ser centralizadas na comunidade científica e na proteção da saúde pública.
Bruno Funchal, por sua vez, foi um dos responsáveis pela elaboração das medidas chamadas de “pacto federativo”, que é composta por um conjunto de três PECs (Propostas de Emendas à Constituição) apresentadas no fim de 2019 com o objetivo central de mudar a disposição de recursos públicos nas mãos da União. Até o momento, o projeto está parado no Congresso Nacional.
O novo secretário é doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas, com pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), informou a pasta. Em 2017 e 2018, atuou como Secretário da Fazenda do estado do Espírito Santo.
Na nota que confirma a mudança no Ministério, a pasta diz que está sendo feita uma “transição no comando” e agradece “a Mansueto Almeida pelo compromisso com a equipe que chegou com o novo governo e por todo trabalho realizado à frente do Tesouro Nacional em prol do reequilíbrio das contas do país.”
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