Política
Brasil será o ‘celeiro do mundo’ para energias renováveis, projeta Lula em fábrica de fertilizantes
Presidente inaugurou um complexo em MG para produção de fertilizantes e defendeu autossuficiência no segmento
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que o Brasil deixe de ser importador de fertilizante, para que possa produzir o insumo de forma a se tornar, em breve, autossuficiente. Declaração foi dada em evento de inauguração do Complexo Mineroindustrial da Eurochem, na Serra do Salitre, em Minas Gerais.
Lula disse, ainda, acreditar que o País poderá ser o “celeiro do mundo” no ramo de energias renováveis.
“O Brasil está se transformando muito rapidamente. Aquilo que a gente dizia o ‘celeiro do mundo’, é o que vai acontecer com o Brasil, não apenas do ponto de vista da carne, da produção de soja, do milho, da cana. Não. Do ponto de vista, também, da produção de energia renovável”, projetou o presidente.
Lula aproveitou o tema para questionar o motivo do Brasil não ser autossuficiente na produção de fertilizantes mesmo sendo majoritariamente agrícola.
“Se o país é um país agrícola, por que a gente não é, pelo menos, autossuficiente na produção dos fertilizantes nós precisamos?”, questionou o petista.
O mandatário disse que a guerra entre Rússia e Ucrânia promoveu o “despertar” das pessoas à “certeza de que o Brasil precisa ter fertilizantes”.
“Todo mundo sabe a qualidade da terra que temos”, pontuou Lula também em aceno ao agro.
A relação entre a guerra no Leste europeu e os fertilizantes usados no País não é casual. O Brasil é o principal importador mundial de fertilizantes, comprando do exterior cerca de 80% dos fertilizantes que aplica. Pouco mais de 25% do total vem da Rússia, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O início da guerra colocou em risco o abastecimento de fertilizantes. É desse contexto que decorre a criação do Plano Nacional de Fertilizantes, ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O projeto foi mantido por Lula e prevê metas de crescimento da produção interna até 2050.
A obra na Serra do Salitre, que terá investimentos na casa de 1 bilhão de dólares, deve incrementar uma produção de 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano para a agricultura do País. Caso o valor projetado seja alcançado, poderia representar cerca de 15% da produção nacional.
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