Política

Brasil não precisa mais comprar arroz, apenas incentivar a produção, diz ministro

Carlos Fávaro, da Agricultura, afirmou que preço do arroz ‘já cedeu’ e que, por enquanto, não há necessidade de importar o grão

Brasil não precisa mais comprar arroz, apenas incentivar a produção, diz ministro
Brasil não precisa mais comprar arroz, apenas incentivar a produção, diz ministro
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados
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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou, nesta quarta-feira 3, que o Brasil não deverá, por enquanto, importar arroz de outros países. A declaração foi dada em entrevista ao programa Em Ponto, da GloboNews.

O governo federal havia autorizado leilões para a compra de grãos após o Rio Grande do Sul ser devastado por enchentes. O estado corresponde a 70% da produção de arroz nacional.

À época da tragédia climática, produtores gaúchos já havia colhido cerca de 80% da produção. Entidades produtoras chegaram a questionar a decisão de importação e afirmavam que a colheita daria conta da demanda nacional.

Ainda assim, a decisão de importar o grão foi mantida, visando regular os preços do produto no mercado, mas as tentativas de leilão para compra de arroz foram suspensas após indícios de incapacidade técnica e financeira das empresas vencedoras do certame.

“Tivemos problemas, é fato, nós cancelamos esses leilões. Mas o fato real é que, com a sinalização de disponibilidade do governo de comprar arroz importado e abastecer o mercado brasileiro, além da volta da normalidade em estradas, os preços do arroz já cederam e voltamos aos preços normais”, disse.

“Já temos arroz, em algumas regiões do país, a 19, 20, 23 ou 25 reais, o pacote de cinco quilos, o que está dentro da normalidade. Então, me parece que é mais plausível nesse momento a gente monitorar o mercado. Não havendo especulação, na minha avaliação não se faz necessário novos leilões”, acrescentou.

O ministro ainda informou que, nos próximos dias, irá se encontra com representantes da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul.

“Vamos buscar alguns compromissos com eles, de estabilidade de preço, de logística e frete. Eles mesmos podem nos dizer um momento, se for necessária, alguma intervenção do governo. Por ora é mais prudente, já que os preços cederam, que a gente tome outras atitudes de estímulo à produção. Não se faz necessário novos leilões de importação”, completou.

A expectativa é de que, no encontro, seja assinado um compromisso de responsabilidade sobre o preço do arroz no mercado nacional.

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